Tiger 900 Rally Pro

Tiger 900 Rally Pro
Tiger 900 Rally Pro

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Ironman Brasil (6º) – Florianópolis - 27 Mai 2012









2012 foi o sexto Ironman de que participei (da sequência 2004/ 6/ 7/ 8 e 11, todos em Florianópolis).

Treinei completamente por conta própria e praticamente sozinho, por aproximadamente três a quatro meses antes. 

A prova, como era de se esperar, não foi fácil. Além do desempenho físico e psicológico, tive que lidar com dois pneus furados na fase do ciclismo, o que me custou algum tempo perdido, algum stress extra e uma baita preocupação se conseguiria terminar a prova por conta daquelas panes.

Na fase da corrida sofri um pouco com o tênis, que começou a me incomodar fortemente a partir do km 25, mais ou menos.

No final, deu tudo certo... 


Tempos realizados:

3800 m de natação: 1h 18min
T1: 7min 52seg

180 km de ciclismo: 5h 30 min (32,5 km/h de média) (tempo em movimento, sem contar o tempo parado para os consertos dos dois furos)/ Tempo oficial: 5h 43 min
T2: 6min 11seg

42,2 km de corrida: 3h 55min

Total: 11 h 12 min




O texto abaixo foi parte de um e-mail enviado a um amigo alguns dias após a prova, e conta com um pouco mais de detalhes como foi a brincadeira:



A prova domingo passado não foi exatamente tranquila. Pelo contrário, foi tensa, quase dramática. Chegamos lá na quinta-feira à noite. Na sexta-feira choveu sem parar o dia inteiro, e o mundo estava com aquele jeito de fim de mundo. Minhas orelhinhas já ficaram de pé [risos]. Mas foi alarme falso. No sábado abriu um sol maravilhoso, com um céu completamente azul.  No domingo também fez um tempo bom, mais quente do que o habitual nessa época do ano. Mas, a prova: a natação transcorreu sem sustos, sem problemas e sem surpresas, nem negativas, nem positivas, pois, apesar de ter nadado mais ou menos bem, saí da água com o sofrível tempo de 1 hora e 18 minutos.

O ciclismo estava indo muito bem até o km 60, quando, numa descida, tive o pneu dianteiro furado. Problema sério!... Na hora dei aquela gelada, porque estava usando os tais pneus tubulares (sem câmara), os quais nunca havia trocado, e só tinha um pneu reserva. De imediato, resolvi usar um spray que carregava no kit de reparos e que tinha por objetivo reparar o furo e encher o pneu sem precisar trocá-lo. Mas também nunca tinha usado aquele negócio. Meti o tal spray na válvula e começou a sair espuma por todo lado, entre o pneu e o aro. Pensei que tinha algo mais errado, mas, incrivelmente, o pneu encheu e permaneceu cheio. Aparentemente tinha funcionado. Não estava com a pressão ideal (130 a 140 libras), mas resolvi não mexer mais. 

Montei na bicicleta e procurei retomar o ritmo. Mas aí a concentração, a confiança, e o estado emocional não eram mais os mesmos. Paciência. Fui tocando, e conforme os km foram passando fui ficando mais tranquilo e confiante que aquela operação duvidosa do tal spray tinha dado certo. Mas no km 150, de novo numa descida, de novo o pneu dianteiro esvaziou e quase fui pro chão, pois estava a mais de 40 km/h... Parei no sufoco e aí não tinha jeito, tinha mesmo que trocar o tal pneu. Comecei a operação baseado nas instruções teóricas que tinha. Mas, por sorte, logo em seguida o mecânico da prova parou do meu lado na garupa de uma moto e veio me ajudar (a prova disponibiliza um mecânico a mais ou menos cada dez km do percurso, rodando nas tais motos). Trocamos o pneu, não sem esforço, e ele me recomendou "cuidado nas curvas', pois o pneu, sem cola, ficava um tanto instável. Também me desejou "boa sorte", pois como não tinha outro pneu reserva, se furasse de novo estaria fora da prova. 

Fiz os últimos 30 km na ponta dos dedos, procurando desviar de qualquer obstáculo, e tentando enxergar os malditos araminhos que gostam de furar pneus. Só não rezei porque achei que não ia adiantar muito [risos]. No final, deu tudo certo! Cheguei aliviado na transição e parti pra etapa mais confiável da prova, e mais dura.

Corri muito bem até o km 21, mas aí comecei a sentir. Do 21 ao 35 fui na base da resistência, oscilando entre me sentir mais ou menos, me sentir mal e me sentir muito mal... No 35 a coisa estava ficando crítica. Dei uma paradinha de uns 3 minutos num daqueles postos de abastecimento, tomei uma coca-cola com calma, um copo d'água, um gel de carboidrato, respirei fundo e parti pro ataque com firmeza. Incrivelmente "ressuscitei" e consegui encaixar um bom ritmo (para as circunstâncias) até o final. Cabe destacar ainda que cometi um erro grave e lamentável de planejamento dessa etapa, ao decidir usar um tênis diferente do que estou habituado, e que vinha se mostrando muito bom nos treinos das últimas semanas. Mas a partir mais ou menso do km 25 ele começou a mastigar o meu pé como se fosse uma máquina de tortura... O jeito foi aguentar, mas certamente isso também me roubou agilidade, equilíbrio, conforto, e desempenho.


Enfim, fechei a prova em 11 horas e 12 minutos. 21 a mais do que no ano passado, o que, se considerar todos os contratempos dos dois furos de pneu na etapa da bike, tá bom demais.



Gratidão






Mari e Thaís no jantar dois dias antes da prova






Thaís e eu brincando de ser forte, checando a temperatura da água na véspera da prova






Véspera da prova, dando uma relaxada na praia






Última verificação da bicicleta com o mecânico, na véspera






A P2C pronta para a brincadeira, na véspera, já na T1






Comidinhas da fase do pedal 
(mais água e gatorade à vontade, nos postos de abastecimento)






Para a corrida, só gel de carboidrato
(mais água e gatorade, dos postos de abastecimento da prova)






Pouco antes da largada






Pouco depois da largada, às sete horas da manhã






Passagem pelo controle na metade da natação





Chegando dos 180 km do ciclismo






Em algum momento da corrida







Feito!!






Logo após a chegada!! Com minha fiel e entusiasmada torcida!






A medalha






As bicicletas na área de transição, após a prova






No dia seguinte






Desenho da Thaís, inspirado pelo momento















RESUMO IRONMAN FLORIANÓPOLIS 2004 a 2012







ANO
NATAÇÃO
h min seg
CICLISMO
h min seg
CORRIDA
h min seg
TOTAL
h min
Bike
utilizada
Cidade onde morava
2004
1 35 00
6 39 00
4 01 00
12 31
Giant Cadex
Curitiba
2006
1 08 00
5 57 32
3 55 00
11 12
Giant Cadex
Brasília
2007
1 17 00
5 55 00
3 50 00
11 14
Giant Cadex
Brasília
2008
1 27 00
5 25 00
3 38 00
10 43
Cervélo P2C
Brasília
2011
1 15 03
5 36 32
3 46 00
10 51
Cervélo P2C
Curitiba
2012
1 19 03
5 43 14
3 55 37
11 11
Cervélo P2C
Curitiba







Dentre tantas pessoas que fizeram parte desta história, meu agradecimento especial ao Almir Brandalize, que primeiro me incentivou a começar no triathlon; ao Valter Maione, meu treinador do primeiro Ironman; ao João Carlos, treinador da "Zero meia um" nas edições de 2007 e 2008; ao Alexandre Ferreira e Samuca, grandes parceiros dos primeiros tempos no triathlon; ao Mantovani, parceiro de treino e de provas em parte desse período; à Mari e à Thaís, que me acompanharam em tantos treinos e competições, torceram, vibraram, sofreram e esperaram tantas vezes; e muitos outros... Muchas gracias...






(Curitiba, Janeiro de 2017)





Gratidão



















Nenhum comentário:

Postar um comentário