Tiger 900 Rally Pro

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domingo, 29 de maio de 2016

Corrida em trilha (14 km) na Ilha do Mel-PR ("Amazing Runs") - 21 Mai 2016






     O Circuito "Amazing Runs" usa como "apelo de marketing" (como o próprio nome sugere) a promessa de montar corridas em locais especialmente bonitos e atraentes. Descontado o "canto da sereia" sempre um pouco artificializado das peças de publicidade, o fato é que a proposta dos caras é bem interessante.

     No final de semana de 21 e 22 de maio a brincadeira foi na aprazível Ilha do Mel, no litoral do Paraná. No sábado haveria a corrida de 14 e de 9 km, e no domingo a de 21 e de 5 km, sendo que havia também a proposta pra fazer a dobradinha 14 + 21 km, chamado de "Desafio da Butuca".

     Inscrevi-me no percurso de 21 km várias semanas antes. Na quinta-feira anterior à prova encontrei-me com o amigo Alexandre Ferreira na retirada dos kits da corrida, sentamos pra bater um papo e ele me contou que estava inscrito pra corrida de 14 km e estava precisando de uma carona pra ir para Pontal do Sul (local de embarque para a Ilha) no sábado cedo. A fim de atender à necessidade dele e também pra ter alguém pra trocar algumas ideias durante a viagem, resolvi alterar minha participação da corrida de 21 para a de 14 km.

     Combinamos de sair no sábado, às 05:20 h, da minha casa. Acordei às 04:30 sob o barulho característico e decidido de uma forte chuva do lado de fora. De Curitiba até o litoral são cerca de 130 km de estrada, incluindo a descida da Serra do Mar, frequentemente envolta em espessa neblina, particularmente nessa hora da madrugada... Ou seja, fatores que se somaram rapidamente na análise da situação daquele momento: ir ou voltar pra debaixo das aconchegantes cobertas e deixar de lado aquela história de correr numa ilha distante e paradisíaca?

     Bem, mas 'vai que' a chuva pára, que dá tudo certo, e que novamente possamos vivenciar aquela mágica sensação de fazer uma corrida bacana num lugar bacana...

     Fomos. 

     A largada estava prevista para ser às nove da manhã. Zarpamos no barco que nos levaria à Ilha do Mel às 07:15, de acordo com o previsto. Os cerca de 40 minutos da travessia foram pontuados pelo sacolejar do barco nas ondulações do mar e pelo cheiro de óleo diesel do barulhento motor tremendo no porão... Perigosa combinação à estabilidade das sensações tão próximo à hora da largada. Mas passamos também por essa etapa sem problemas. 

     Por incrível que pareça o tempo foi melhorando pouco a pouco e às oito e meia da manhã já era possível ver umas frestinhas de céu azul, a chuva havia parado e o frio já não incomodava tanto.

     Dada a largada às nove horas, tudo começa a se encaixar melhor. Belo visual, silêncio, praia, mar, gente animada em volta, ar puro pra respirar. Perfeito!

     Aproveitei as circunstâncias do momento e me envolvi num joguinho psicológico em que pensei: "bem, como ia correr 21 km e vou correr 'apenas' 14, posso dar uma intensificada no ritmo, não?". Meus "assessores internos" aceitaram o argumento e logo me vi num bom ritmo de prova.

     Uma hora e sete minutos depois cruzava a linha de chegada, satisfeito com o rendimento, com a corrida, com a natureza, em paz com a vida! Santo exercício!! 

     Essa sensação de ligeiro desconforto, seguida de uma ligeira euforia, seguida daquele 'aperto' nos pulmões e nas pernas, seguido de um sentimento de estabilidade e de harmonia com tudo isso... Ao passo que o corpo se aquece, o tempo muda de dimensão, o foco se estreita e de repente bate aquela sensação de quase êxtase... É mais ou menos isso que a gente busca quando se lança nessas empreitadas...

     Terminada a brincadeira voltamos pra casa satisfeitos por não termos decidido voltar pra cama naquele momento sensível às quatro e meia da manhã. 

     No dia seguinte sim choveu de verdade o dia inteiro, sem trégua, e não posso negar que foi duplamente gratificante ficar debaixo das cobertas naquela fria manhã de domingo. Cada coisa na sua hora, do jeito que tiver que ser... 

     Gracias.



Ao fundo, a linha de montanhas da Serra do Mar, no continente.



































(Crédito da foto: organização da prova)







(Crédito da foto: organização da prova)















     Distância corrida: 14 km
    Tempo: 01h 07min 56seg
    Velocidade média: 12,3 km/h

    Classificação na categoria 45-54 anos: 1º/ 20

     http://www.amazingruns.com.br/
    




"Força Sempre"



     

domingo, 22 de maio de 2016

Rally de regularidade Copa Troller Etapa Curitiba - 14 Mai 2016






     Há quem defenda a tese de que equipamentos especiais merecem uso específico. Conceito esse que aprecio com bastante carinho. Há também, no entanto, a antítese de que o uso que se dá às coisas que se tem é absolutamente subjetivo e relativo, o que, convenhamos, também é bastante razoável. 

     Como síntese entre esses pontos de vista opostos, no dia 14 de Maio investi num campo de atuação inédito pra mim, e que há tempos me instigava a imaginação - a participação num rally de regularidade off road

     A oportunidade surgiu com a Etapa Curitiba da Copa Troller, um campeonato nacional de rally organizado e implementado pela marca Troller, que tem etapas em diversas cidades de vários estados Brasil afora. 


(Crédito da foto: organização da prova)

     O "problema" era que não tinha experiência alguma nessa área, nem sabia como funcionava esse tipo de prova. Resolvi "pagar pra ver". Inscrevi-me na prova umas três semanas antes da data prevista e comecei a pesquisar aqui e ali sobre o assunto.

     Pra começo de conversa era necessário ter um navegador, ou seja, um "co-piloto" que ficasse responsável pela navegação durante o percurso. Convidei o Alexandre Oliveira, amigo que gosta e tem afinidade com carros e que me auxiliou na compra do Troller há alguns meses.

     Na véspera estivemos na concentração da prova para a confirmação da inscrição, reunião de briefing, adesivagem e inspeção do veículo. Destaque para a organização impecável e de alto nível do evento. Pra quem gosta do tema é uma satisfação estar nesse tipo de ambiente.






     O Troller é um carro que tem uma legião de fãs. E não é à toa. Possuidor de qualidades e características técnicas e mecânicas mais do que provadas e comprovadas, o carrinho evoca também a cativante ideia de robustez e aventura. Ver os carros muito bem preparados de outros competidores é inspiração e estímulo à imaginação. Muito bacana a proposta a que o equipamento se propõe.


                                                                                               (Crédito da foto: organização da prova)

     Participamos na categoria "Expedition", que equivale a uma espécie de iniciante, com percurso tecnicamente mais tranquilo e velocidade média mais baixa, em relação às demais categorias.


(Crédito da foto: organização da prova)

     Usamos como referência para a navegação tão somente cronômetro e odômetro do carro, enquanto a maioria usava modernos aplicativos de informática e, os mais experientes, equipamentos específicos de aferição e controle de tempo.




     A prova em si foi muito legal. O tempo estava  meio cinzento e havia chovido um pouco nos dias anteriores, de forma que em vários trechos do percurso havia passagens fartas de lama e poças d'água que fizeram a festa dos fotógrafos de plantão.


(Crédito das próximas seis fotos: organização da prova)

Algumas imagens de outros carros na prova:



















     Passamos por regiões bastante bonitas e por trechos desafiantes tecnicamente ("será que passa?"). Ao todo rodamos cerca de 95 km, com largada às 09:42h e chegada de volta ao ponto inicial por volta das 15:00h.





     Ficou o aprendizado e a vontade de se aperfeiçoar na brincadeira, além de algumas belas imagens na memória e em algumas fotos. Afinal de contas, teses e antíteses à parte, usar esses brinquedos no seu habitat natural é mesmo pura diversão.



Meu obrigado especial ao parceiro Alexandre, por ter aceito o convite, por ter desempenhado com esmero a função de navegador e pela companhia cavalheiresca.











Obs: Classificação final na categoria Expedition: 16º/ 31.







terça-feira, 3 de maio de 2016

Corrida de montanha "Caminho do Viamão" 30 k (Naventura), São Luiz do Purunã-PR - 01 Mai 16






     O que define nossas escolhas?
     ...
    E se, ao contrário do que pensamos, aquilo que fazemos não for escolha nossa, mas apenas uma consequência natural (e inevitável) de uma cadeia de ações anteriores (na verdade, muito anteriores!!)? Mais ou menos como o pulsar do coração... Tum, tum, tum... Ele está lá, a pulsar, (se pensarmos com rigor) sem sabermos bem por que, nem como. Nós não fazemos o coração bater, apenas "obedecemos" a esse pulsar constante e misterioso. Somos mera consequência desse impulso interior e primevo. E se tudo for mais ou menos assim?

     Estava pensando nisso durante parte do tempo dessa corrida. Talvez não porque quisesse pensar, mas simplesmente porque o pensamento me ocorreu. De onde? Impulso!!... (risos)

     Olhando assim, para a história já ocorrida, pode parecer um tanto óbvio o desenrolar de "mais uma corridinha de montanha". Mas devo dizer que não é nada óbvio. Cada passo que damos é único e tão incerto quanto tudo mais! 

     Nesse sentido, cheguei a essa corrida com uma preparação "genérica", ou seja, não fiz nada muito específico em termos de treinamento. Estava confiando no meu preparo geral, holístico, no volume, na experiência... Hummmmm... Um tanto arriscado isso!

     O dia estava fantástico: sol, céu azul e muito frio. O local também era fantástico: uma bela região montanhosa a cerca de 50 km de Curitiba (sentido norte-interior do Estado). Tudo conspirava para parecer que seria "fácil"...

     Resumindo a história: até que corri direitinho. Tranquilo e forte psicologicamente, centrado, concentrado, encaixado, e, o mais importante, curtindo demais a brincadeira. Fisicamente também aguentei bem, mas tive que usar alguns "super poderes" (risos)...

     Senti o tranco, na verdade, no(s) dia(s) seguinte(s), com fortes dores musculares nas pernas e aquela sensação de ter levado uma surra... Sinal de que fizeram falta os treinos específicos, que estiveram meio ausentes nessa fase.

     Em particular os últimos 2,5 km foram "divertidíssimos", na forma de uma senhora pirambeira morro acima. Cruzei com dois ou três colegas de prova literalmente estendidos no chão contorcendo-se em câimbras. Foi uma bela chegada para quem já havia corrido 29 km de muito sobe e desce antes.

     Destaque para o belo cenário em todo o trajeto (vide imagens a seguir), para o tempo perfeito (sol e frio) e para o luxo de poder correr três horas e meia em total silêncio, sem cruzar com nenhum carro, tendo que lidar apenas com meus próprios fantasmas (ou pensamentos). Muito bom!

     
     Distância percorrida: 31,06 km
     Tempo de prova: 3h 28min 
     Velocidade média: 9 km/h
     Pace: 7'05"/ km
     Ganho de altitude: 1.084 m (!!!)
     Classificação na categoria 40-49 anos: 6º/ 22


























































Eu e "meus" pensamentos




Percurso e altimetria




Altimetria dos últimos 7 ou 8 km. Brincadeira dura!!







Então mais uma! Gracias a la vida!!