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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Viagem a São Francisco do Sul-SC, 17 a 20 Dez 2017










Passamos esses três dias no Forte Marechal Luz, litoral de Santa Catarina, com a ideia de fazer um passeio em família e sair um pouco da rotina da cidade. Levamos também conosco a Nicole, amiga da Thaís.

O tempo esteve cinzento e meio chuvoso quase o tempo todo, não muito de acordo com o modelo mental que sempre criamos para esses cenários de praia. Não obstante, conseguimos fazer alguns passeios e tirar algumas fotos.

O Forte tem uma característica arrebatadora: o ambiente sonoro purificado dos ruídos urbanos, embalado apenas pelo hipnotizante som das ondas do mar em constante vai e vem nas areias da praia ao lado. Só isso já valeria o passeio. 

Viva a vida!






Fim de tarde sob um céu cinza chumbo














































































































































































A longa praia do Parque Estadual Acaraí, vista pelo Mavic
























... um anjo em nossas vidas

















 Catedral de São Francisco do Sul








 Interior da Catedral... esse ambiente sempre reverente e introspectivo das igrejas








 Persistir, apesar de...







































Ilha de São Francisco do Sul









"Não importa se os dias estão azuis ou cobertos de nuvens,
se as noites estão estreladas ou se são negras e há relâmpagos no céu.
O que vale é o tempo que faz dentro de mim,
e o modo como vejo o mundo.
Se ele é luminoso e calmo, 
estou aberto para a beleza, a brisa, a música."

(Luiz Carlos Lisboa) 






Gratidão





Força Sempre









Obs:
  • Todas as fotos: arquivo pessoal.
  • Câmeras utilizadas: Canon EOS Rebel XTi e DJI Mavic.




terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Sobre "Mais Platão, Menos Prozac", Curitiba-PR, Dezembro 2017




Breve comentário a respeito do livro









Li recentemente o livro “Mais Platão, Menos Prozac”, do escritor e filósofo americano Lou Marinoff (Editora Record, 2007, tradução de Ana Luiza Borges). A obra, muito interessante, trata de um movimento surgido em 1981, na Alemanha, e atualmente disseminado em vários países – fazer da Filosofia uma fonte de consulta e de aconselhamento pessoal para as decisões e questões existenciais da vida.

A ideia central é fazer com que Filósofos formados atuem como terapeutas no aconselhamento de pessoas que enfrentam algum tipo de problema ou questão que requeira uma visão mais ampla.

O autor traz à tona também o problema da banalização dos diagnósticos psiquiátricos e psicológicos, bem como a muitas vezes ineficiente abordagem dessas ciências, seja por descaso, seja por não atuarem no ponto que precisa.

A certa altura, por exemplo, ele cita o impressionante aumento da quantidade de “doenças psiquiátricas” catalogadas no documento oficial do Conselho americano da área, indicando, sem sombra de dúvida, como esses diagnósticos tornaram-se corriqueiros nas últimas décadas, fazendo com que qualquer comportamento um pouco fora do comum fosse entendido como patológico.

Há que se considerar ainda que a Psicologia, como ciência, derivou da Filosofia, ou seja, originalmente, os assuntos hoje tratados pela Psicologia eram temas filosóficos.

O autor não diz que a Psicologia e a Psiquiatria são desnecessárias ou prejudiciais no tratamento das questões existências, defende, isto sim, que são áreas distintas, cada uma com uma abordagem diferente, assim como a Filosofia. Dessa forma, considera que há casos em que é necessário uma intervenção efetivamente psiquiátrica, outros em que uma abordagem psicológica pode ser mais eficiente, e vários outros em que a Filosofia pode ser a solução.

Tentando entender esse ponto de vista, realmente parece muito lógico que nem sempre um problema que nos aflige, e foge da capacidade individual de solução, deveria ser levado a um psicólogo. O autor defende que muitas vezes as pessoas precisam de diálogo, e não de diagnóstico ou tratamento.

Mas não de um diálogo qualquer, não de um papo furado, nem de uma mera lição de autoajuda. O que a Filosofia clínica propõe é colocar os ensinamentos e pensamentos dos maiores filósofos de todos os tempos a serviço das questões individuais das pessoas. Ajudar a estruturar o pensamento com base em princípios e fundamentos consistentes e elaborados, mas não complicados.

O objetivo da abordagem filosófica não é descobrir o por que mais profundo dos problemas que perturbam a tranquilidade pessoal, mas sim uma solução eficiente e objetiva para determinada questão ou situação. O foco é a solução, e não o problema.

Transcrevo, a seguir, alguns trechos da obra, a título de ilustração e esclarecimento da ideia:






“Filosofia foi, originalmente, um modo de vida, não uma disciplina acadêmica – algo para ser não apenas estudado, mas também aplicado.”

“O foco do aconselhamento filosófico é o agora – e planejar o futuro – e não o passado, como em grande parte da psicoterapia tradicional.”

“Algumas pessoas talvez não obtenham ajuda de Platão, assim como outras não obtêm ajuda do Prozac.”

“Quando Sócrates declarou que a vida não examinada não vale a pena ser vivida, estava defendendo a avaliação pessoal constante e se esforçando para o auto aprimoramento como a vocação mais elevada.”

“Descobrimos que nem a ciência, nem a religião, respondem a todas as nossas perguntas. (...) Cada vez mais pacientes lotam as nossas clínicas e consultórios queixando-se de um vazio interior, da sensação de uma total falta de sentido de suas vidas.”

“Acho muito mais saudável viver a vida do que ficar constantemente desencavando suas raízes. (...) A vida não é uma doença. Não se pode mudar o passado. O aconselhamento filosófico parte daí para ajudar as pessoas a desenvolverem uma maneira produtiva de olhar o mundo, e, portanto, um plano abrangente de como agir no dia-a-dia.”

“Os filósofos sempre foram observadores da natureza humana, o que parece a descrição da tarefa do psicólogo. Qualquer filosofia da humanidade seria incompleta sem o insight psicológico. Também a psicologia falha quando é destituída do insight filosófico, e os dois campos empobreceram ao se bifurcarem.”

“A Psicologia nunca revelará por inteiro a complexa tapeçaria da natureza humana.”

“Abraham Maslow assinalou muito bem que, se a única ferramenta em sua caixa de ferramentas é um martelo, uma porção de coisas começa a parecer pregos.”

“Se o seu problema é de identidade, valores ou ética, a pior opção será deixar alguém reificar uma doença mental e escrever uma receita. Não existe comprimido que faça você se encontrar, alcançar suas metas ou fazer a coisa certa.”

“O cerne da questão filosófica mais profunda é: ‘quem sou eu?’.”

“’Psicoterapia’ vem de duas palavras gregas que não tem nada a ver com medicina: therapeuein significa ‘dar atenção a’ alguma coisa, enquanto psikhé significa ‘alma’. Psicoterapia, então, pode significar prestar atenção à sua alma.”

“Se quiser resolver um problema filosófico, procure ajuda filosófica.”

“A filosofia antiga propunha à humanidade uma arte de viver. Em comparação, a filosofia moderna aparece, acima de tudo, como a construção de um jargão técnico reservado e especialista.”

“Se os indivíduos levam vidas boas, a sociedade também será boa: sem conflitos, decente, produtiva.”

“Devolver a importância da introspecção filosófica às pessoas comuns é a força motora do aconselhamento filosófico.”

“A sua mente, como distinta do seu cérebro, apresenta perguntas, dúvidas, informação falsa, interpretações duvidosas e inconsistências – mas não doença. A doença é um problema físico.”

“No aconselhamento filosófico é importante ter em mente que a nossa percepção do momento é apenas uma maneira de ver as coisas, e que quanto mais perspectivas investigarmos, melhor será nossa compreensão.”

“Mesmo que você não queira continuar até o infinito, esse tipo de aperfeiçoamento constante é um método útil para a sua filosofia de vida pessoal.”

“Como Leibniz escreveu, tudo acontece por uma razão. Se você quer exercer certo controle sobre o que está acontecendo, tem que entender a razão que está por trás.”

“Como a maioria dos meus pacientes, procurava alguém que pudesse ajudá-lo a articular a sua visão de mundo (isto é, a sua filosofia pessoal) e examinar suas escolhas para se certificar de que suas ações eram coerentes com suas convicções e valores. Essa tarefa nem sempre é simples como parece.”

“Se sempre acontece de você se voltar para o exterior querendo agradar a outra pessoa, certamente você perdeu o seu plano de vida.” (Epictetus)

“Como conselheiro filosófico, minha responsabilidade é ajudar os meus clientes a atingirem a auto-suficiência filosófica, não a dependência.”

“... para mim, nenhuma sorte parecia favorável, a menos que deixasse tempo ocioso que pudesse ser dedicado à filosofia, que nenhuma vida era feliz, a não ser que fosse vivida na filosofia.” (Agostinho)

“O pensamento hindu tradicional traça quatro estágios de vida: o estágio do estudante, do chefe de família, do afastamento dos assuntos mundanos e do total desligamento da rivalidade mundana. (...) A nossa cultura procura alguns outros marcos – casamento, nascimento dos filhos – mas, depois, só existe a estrada.”

“Os seres humanos são fantásticos em propor questões que não podem ser respondidas, mesmo quando descobrimos cada vez mais sobre o universo e como ele funciona.”

“‘Tudo é vaidade, e uma luta pelo vento’. Pensar que você sabe exatamente o que está fazendo é uma forma de vaidade; saber que não sabe, mas achar que deveria saber, é outra.”

“Os artistas frequentemente tem um tipo de fé em si mesmos da qual todos poderíamos nos beneficiar, a coragem de navegar orientados por suas próprias estrelas. A resposta para ‘o que eu deveria estar fazendo?’ geralmente surge de dentro da própria pessoa, não de fora.”

“Nada contribui tanto para tranquilizar a mente quanto um propósito estável – um ponto sobre o qual a alma possa fixar o seu olhar intelectual.” (Mary Wollstonecraft)

“Propósito é um objeto ou fim último a ser alcançado. É uma meta. Significado tem relação com a maneira como você entende sua vida em uma base contínua. (...) O seu propósito pode ser simplesmente explorar, e você pode atribuir um significado a tudo o que encontrar na viagem. Significado e propósito dependem muito de você. As coisas simples podem ser muito significativas.”

“Segure firme o tempo! Vigie-o, vele por ele, cada hora, cada minuto! Se não prestar atenção, ele escapa... Que cada momento seja sagrado. Dê a cada um clareza e significado, a cada um o peso da sua consciência, a cada um a sua verdadeira e devida realização.” (Thomas Mann)

“Uma grande coisa pode ser simplesmente a soma de pequenas coisas. Uma vida com propósito é construída passo a passo. (...) Pode-se fabricar uma vida expressiva para si mesmo, mas em pequenos fragmentos que devem ser reunidos gradativamente. Não espere que forças externas ajam por você, pois esse dia talvez nunca chegue.”

“Mesmo em condições consideradas puramente biológicas, como o câncer, foi demonstrado que o tratamento eficaz baseia-se não somente na medicina, mas também na atitude. A sua atitude em relação à vida e a sua disposição – a sua filosofia- podem influir no resultado da batalha.”

“A experiência com a natureza ajuda a reanimar a própria vida, uma das melhores maneiras de encontrar sentido e propósito.”

A maneira mais segura de neutralizar os sentimentos de vazio em sua vida é ajudar outra pessoa. Isso lhe dá um sentido e um propósito que não pode rejeitar. Pode ajuda-lo a ver oportunidades em sua vida para as quais estava cego, e lidar com o mundo do outro ajuda você a escapar do cativeiro do seu próprio mundo. Sentir que a vida não tem sentido é, de certa forma, um luxo.”

“A sua última opção quando luta com a falta de sentido e a falta de propósito é resistir bravamente: trinque os dentes e aguente.”

“O que é inevitável, disse ele, não deveria ser excessivamente lamentado.”

“O primeiro passo ao criar a sua própria disposição filosófica em relação à morte , à perda e ao luto é valorizar a vida. Viver o momento é a melhor maneira de fazer isso. (...) Goste de estar vivo neste exato momento e lastimará menos quando se esgotarem os seus momentos.”

“O passo seguinte na preparação de sua própria disposição é reconsiderar suas crenças em relação à vida e à morte. Use a imaginação e pergunte a si mesmo; ‘onde eu estava antes de nascer?’.”

“Você mesmo deve fazer o esforço. Os Budas podem apenas apontar o caminho. Aqueles que iniciaram o caminho e se tornaram meditativos estão livres dos grilhões do sofrimento... As pessoas se confundem com os anseios, girando em círculos como uma lebre capturada numa rede... elas sofrem por muito tempo.” (Buda)

“Pensar sobre a própria morte é quase abstrato: você pode sentir a morte de alguém, mas não a sua própria. (...) É impossível imaginar a i mesmo como inexistente, justamente porque tentar imaginar já implica que você existe. (...) É natural pensar mais sobre a própria mortalidade quando se envelhece, embora algumas pessoas nunca o façam.”

“Levar uma vida decente, amar e ser amado, experimentar o que a vida tem a oferecer, e ter, de alguma maneira, importância para alguém é tudo o que se pode esperar.”

“Embora a vida termine com a morte, não apaga o tempo vivido. (...) Essa é uma maneira de conceitualizar o sentido duradouro e o impacto de sua vida no mundo, sem recorrer à crença em uma alma que existe além dos limites físicos do corpo.”

“Covardes morrem mil vezes antes de suas mortes; o valente só experimenta a morte uma vez. De todos prodígios de que tive conhecimento, o que me parece mais estranho é os homens terem medo; perceber que a morte, um fim necessário, chegará quando chegar.” (William Shakespeare)

“As pessoas atormentadas por um pesar perpétuo por causa da morte de um ente querido são atormentadas por seu apego, não por seu amor.”

“A maioria de nós, em um momento ou outro, é impelida, mesmo que o impulso seja breve, ajudar a resolver os problemas da sociedade, e a maioria de nós sabe, no fundo do coração, que é nossa responsabilidade deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos.” (Cyril Joad)

“Em nossa sociedade altamente tecnológica e veloz, o luxo da exploração em câmera lenta do mundo das ideias é único.”

“Viver bem – isto é, seriamente, nobremente, virtuosamente, alegremente, amorosamente – depende da nossa filosofia e da maneira como a aplicamos a tudo o mais. A vida examinada é uma vida melhor, e está ao seu alcance. Experimente Platão, não Prozac!”






Pessoalmente acho que o poder e o alcance da Filosofia são subestimados e subempregados na nossa sociedade e tempo atuais. Talvez parte da responsabilidade por isso seja dos próprios filósofos de outrora e de hoje, ao permitirem (ou ao fazerem com) que o tema se enclausurasse numa redoma de complexidade e debates completamente dispensáveis e indesejados.

Não quero dizer, com isso, entretanto, que a Filosofia seja “a solução de todos os problemas”. Esse é mais um anseio irreal da nossa mente limitada e excessivamente crítica. Nada é capaz de nos proporcionar uma “solução para todos os problemas”. Mas pode sim ser de grande ajuda, bastante orientadora e confortadora, o que já é uma grande dádiva.

Há quem questione e procure relativizar o poder da Filosofia em função do seu caráter estritamente racional, como se a razão fosse uma faculdade menor ou menos capaz do que efetivamente é. O fato é que a razão é, dentre nossos atributos, provavelmente o mais confiável e abrangente. Talvez não seja exagero dizer que a razão é como o leme de um barco, que tem a função de (tentar) manter o rumo em meio às turbulências do mar, dos ventos e de outros elementos. Cabe, portanto, cuidar para ter um leme forte e eficiente.

[Quando se entra nesse tipo de assunto, facilmente vem à tona a questão da fé. "Mas e a fé?", poderia-se perguntar. Acho que esse é outro atributo humano muito poderoso e indispensável, que atua numa outra esfera de abrangência, digamos assim. Ao contrário do que normalmente se costuma sugerir, não creio que a razão seja conflitante com a fé. Pelo contrário, acho que, se bem entendidas, se complementam e se reforçam mutuamente, mas acho também que uma não dispensa a outra.]

O livro vale a leitura, mas, mais do que a leitura, o aprendizado e vivência dos conceitos apresentados.









domingo, 10 de dezembro de 2017

"A música que eu vi" - Conclusão do Curso de Fotografia da Escola Omicron, Curitiba-PR, Dezembro/2017


Neste mês concluí o Curso de Fotografia da Escola Omicron, em Curitiba. Foram dez meses de aprendizado e descoberta de novos horizontes e possibilidades dentro dessa bela arte.

Ao longo desse percurso, vimos um pouco de tudo, desde técnicas, passando pela linguagem fotográfica, pelos encantos da fotografia documental, pelos desafios da fotografia de ensaios e de eventos, pela beleza da fotografia de moda, pela montagem calculada da fotografia de estúdio, etc. 

Fica a lição de que há muito ainda o que aprender e explorar, e que, afinal de contas, talvez a beleza esteja mesmo nos olhos de quem vê, e que por isso é preciso (re)aprender a ver. Fotografar bem será então consequência.





Como trabalho de conclusão do curso nos foi proposto criar uma fotografia autoral baseada no tema "A música que eu vi", buscando explorar, assim, a intertextualidade entre a música e a fotografia.

Após algumas semanas de reflexão, resolvi iniciar o processo de criação a partir de uma música que foi muito marcante na minha adolescência - "Andrea Doria", do velho e bom Legião Urbana. Bela música e bela letra que fala daquela conhecida sensação de desilusão que, mais cedo ou mais tarde, se apresenta na vida de quem sonha demais, de quem tenta entender o mundo de um ponto de vista idealista.



"Às vezes parecia que de tanto acreditar
em tudo o que achávamos tão certo,
teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais,
faríamos floresta do deserto,
e diamantes de pedaços de vidro."



Acho que, no final das contas, a mensagem da música é positiva, no sentido de seguir em frente "apesar do reconhecimento do naufrágio dos sonhos acalentados até então".

Transpor essa ideia para uma fotografia foi um desafio bem interessante (e não muito fácil...).

A ideia inicial foi retratar alguém numa estrada ou num campo aberto, de costas, seguindo em direção ao horizonte, deixando para trás algum objeto que representasse essa "passagem" da inocência para uma fase mais "pé no chão", digamos assim (pensei num livro como esse objeto, representando as promessas da ciência e da intelectualidade). 

Entretanto, saindo em campo pra fazer essa foto, com a minha modelo preferida, a Thaís, essa ideia evoluiu e se consolidou na imagem abaixo:










Dizem, e eu concordo, que a boa fotografia, como a boa arte, não precisa de explicação. A leitura e a interpretação devem ficar a cargo daquele que vê. Mas vou abrir uma exceção aqui, a fim de concluir o comentário a respeito do tema proposto neste trabalho. 

A escultura da foto encontra-se ao lado de uma pequena capela, numa curva de uma estrada, em uma área rural nos arredores de Curitiba. A mensagem que pretendi passar é que acima e apesar das desilusões há um poder sobre humano que, de alguma forma, nos alcança e nos resgata do círculo de tentativas e erros em que nos enredamos nessa vida. 

... A crença de que há algo além e maior do que nós mesmos, que, no final das contas, nos dá sentido.






Neste sábado foi feita, na Escola, a abertura da exposição fotográfica referente ao tema proposto, das turmas de formandos do corrente ano. 

O texto de apresentação da exposição diz o seguinte:



“Faz escuro, mas eu canto.” – disse Thiago de Melo, subvertendo a lógica do silêncio imposto aos intelectuais, poetas, professores, músicos e jornalistas durante a ditadura.

Ainda criança li seus poemas e me encantei com a coragem, em meio ao breu político e social, desse poeta amazonense: cantar ao invés de gritar, poetizar ao invés de correr, enfrentar ao invés de fugir. Seu poema mais conhecido, “Os Estatutos do Homem”, inspirou toda uma geração a transformar poesia em rito político, música em hino de liberdade, sofrimento em arte.

E por meio dessa herança, hoje, somos todos seres intertextuais. Do cheiro da vida criamos fotos. Dos sons profundos de uma música criamos elementos visuais elaborados. Transformamos. Transmutamos. Inter-relacionamos diferentes textos.

E assim aconteceu com nossos alunos, que aos poucos se descobriram fotógrafos e ganharam todas as dores e felicidades desta nova condição.

“A música que eu vi” não se reduz a uma exposição. É antes de mais nada um processo em que aprendizes de si mesmos são obrigados a encarar a fotografia como expressão artística e pessoal. Não fogem da ditadura política, como Thiago de Melo, mas iluminam a escuridão perversa do cotidiano por meio da luz de suas imagens.

Parabéns formandos!

Osvaldo Santos Lima

Diretor Omicron Escola de Fotografia































Meu muito obrigado a todos os professores do Curso de Fotografia da Omicron, em particular ao mestre Osvaldo Santos Lima, que, como diretor da Escola, soube transmitir o que acredito que há de mais importante em qualquer atividade humana, a paixão por aquilo que se faz.

Obrigado também aos colegas de curso e a todos que indiretamente participaram ou simplesmente torceram para o bom êxito dessa empreitada.

E um obrigado muito especial à minha querida Thaís, pela paciência em me acompanhar nas sessões de fotos e pela colaboração espontânea e pertinente em vários momentos. É assim que se faz!





"A lente revela mais do que o olho pode ver."

(Edward Weston)








Gratidão






Força Sempre






Passeio à cachoeira do Morro dos Perdidos, Guaratuba-PR, 09 Dez 17








Neste sábado demos uma saída para um passeio em família à cachoeira do Morro dos Perdidos, no município de Guaratuba-PR, a cerca de 60 km de Curitiba.

Pequena caminhada em meio à mata, contemplação do cenário, revigorante banho de cachoeira, algumas fotos, relaxamento ao hipnótico som da água caindo, lanche ao estilo piquenique...

Na sequência subimos ao topo do morro, com o Troller, pra apreciar a paisagem, mas a neblina impediu a visão. Valeu pelo instigante trajeto, só factível num veículo com tração integral e com bom anglo de entrada e saída (olhando de dentro do carro, a Mari e a Thaís não acreditaram que o carro passaria pelas erosões e aclives do tortuoso caminho).

Impressionante o poder tranquilizador e centralizador de passar algumas horas num lugar assim!

Bom demais!
































































Gratidão




Força Sempre






Obs:
  • Todas as fotos: arquivo pessoal.
  • Câmeras: Canon EOS Rebel XTi/ Lente 18-55mm e DJI Mavic.