Tiger 900 Rally Pro

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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Rali Transparaná 2021, 17 a 20 de Fevereiro de 2021

 













Rali Transparaná 2021

Categoria Adventure
4 dias de viagem off road
entre Foz do Iguaçu e Curitiba
940 km percorridos





Esses ralis dos quais ouvimos falar de vez em quando (como o Rali dos Sertões, o Rali Dakar, dentre outros), sempre instigaram minha imaginação. Aqueles carros imponentes, coloridos, rasgando estradas e levantando poeira sempre me pareceram uma bela imagem.

Há muitos anos também ouço falar, aqui no nosso estado, do Rali Transparaná, mas sempre me pareceu uma coisa distante, fora do alcance dos meros mortais, particularmente em função dos altos custos que se imagina que uma brincadeira dessas acarreta.

Não obstante, há alguns meses fiquei sabendo de uma turma que participaria da edição de 2021 em um formato não competitivo, em comboio, acompanhando as categorias principais, mas não inserida na prova em si. Achei a ideia interessante. Entrei em contato com o organizador e iniciamos uma conversa para entender as condições de participação no evento dessa forma.

E acabou dando certo. Inscrevi-me e comecei a me organizar pra fazer parte da brincadeira. A ideia inicial era que a Mari e a Thaís fossem junto comigo, já que, segundo o organizador, seria uma viagem bem familiar, sem maiores riscos ou comprometimentos. Mas na última hora a Mari não pôde ir devido a compromissos profissionais, e a Thaís também decidiu não ir por opção pessoal e por causa de compromissos de cursos e outras obrigações já agendadas. Assim acabei indo sozinho.

Como o nome indica, o Transparaná percorre, tradicionalmente, o estado do Paraná de uma ponta a outra, de oeste a leste, saindo de Foz do Iguaçu e chegando ao litoral. Neste ano a chegada do percurso foi em Curitiba, mantendo a saída da cidade de Foz do Iguaçu.

Foram quatro etapas diárias, com pernoite em hotéis nas cidades de Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa.

Nosso comboio, da categoria Adventure, era composto por vinte carros (começamos com 21, mas houve um abandono ao final do primeiro dia, devido a problemas mecânicos). Desses, apenas três não eram Troller (duas Mitsubishi Pajero TR4 e uma L200 Triton).

O percurso total da prova foi de 942 km, sendo que cerca de 95% realizados em estradas de terra ou trilhas.

Pegamos um tempo bom nos quatro dias, sem chuvas, e portanto sem lama. Em compensação enfrentamos muita poeira o tempo todo, fenômeno que além de se incrustar em todos os cantos e exigir toda a capacidade do filtro de ar do carro, também dificultou muito a visibilidade à frente, chegando a comprometer a segurança em alguns momentos, em que não se via absolutamente nada. Mas com um pouco de atenção e cautela isso foi facilmente superado.

A paisagem que tivemos o privilégio de contemplar ao longo desses quatro dias foi, em sua grande maioria, extremamente bucólica e enternecedora (sensação otimizada, com certeza, pelo belíssimo céu azul e poucas nuvens esparsas de vez em quando, que foi o pano de fundo por cima do nosso horizonte quase o tempo todo). Grandes lavouras de soja, algumas plantações de outras culturas, campos a perder vista, morros ondulados com encostas verdejantes, alguns rios e riachos, algumas matas e árvores isoladas compunham o cenário.

A oportunidade de pilotar o Troller por esse inspirador percurso ao longo desses quatro dias foi, sem dúvida, o ponto alto dessa experiência. Muito se fala desse carro, e talvez eu seja meio suspeito pra emitir opinião, porque gosto do carrinho, mas o fato é que é uma senhora máquina pra esse tipo de uso. Firme, robusto, com torque e força de sobra, é puro prazer ao volante. Realmente fantástico. Resistiu aos vários maus tratos sem avarias ou qualquer pane. E ponha maus tratos nisso: muito buraco, muita pedra, solavancos, sobe e desce, torce para um lado e pro outro, sacode daqui e dali, e o bichinho seguia firme estrada a fora.

O engajamento no grupo que compunha o comboio também foi excelente, com boas conversas nos pontos de parada e boas trocas de experiências. Apenas eu estava sozinho no carro. Todos os demais estavam em dupla ou em casal, e alguns com filhos. Havia uma rede rádio muito eficiente e falante entre os carros, através da qual o líder do comboio passava informações do percurso e orientações gerais, o que também ajudou para diminuir um pouco minha sensação de solidão na cabine.  

Em várias oportunidades cruzamos com carros de outras categorias, que estavam efetivamente participando da competição. E apesar de em grande parte o rali ser uma prova de regularidade (e não de velocidade), é inegável que eles andam em outro ritmo, e também tem outro nível de preparação mecânica e de equipamentos (o que pude constatar nas ocasiões em que foi possível observá-los de perto). Pra fazer valendo a pegada é outra.

No final das contas deu pra curtir muito o prazer de dirigir por esses caminhos rurais e retirados, tão pouco comuns no nosso dia-a-dia, bem como sentir o gostinho de participar de um rali de grande extensão, ainda que sem estar efetivamente competindo. Mas é lógico que a brincadeira também cansa. É incrível como nesse tipo de terreno as distâncias custam a passar. Via de regra, saíamos cedo da cidade em que estávamos, por volta das oito horas, e acabávamos chegando ao próximo destino apenas no final da tarde, apenas com uma parada mais longa pra almoço e outras menores para rápido descanso. A constante trepidação e atenção às demandas do caminho também cobram seu preço em termos de cansaço físico. Mas evidentemente a satisfação de ter participado da empreitada se sobressai dentre as sensações que permanecem na memória.

Fica então semeada a ideia de numa próxima oportunidade participar em uma categoria competitiva iniciante, quem sabe? E aí, vamos juntos?






16 Fev
confirmação da inscrição, adesivagem dos carros, briefing inicial e passeio nas Cataratas do Iguaçu









Concentração no Parque Nacional do Iguaçu



















Cataratas do Iguaçu, passeio turístico





































































17 Fev - Dia 1
De Foz do Iguaçu a Cascavel 
Saída: 07:40
Chegada: 16:00







Pórtico de largada




































































































































































































































18 Fev - Dia 2
De Cascavel a Guarapuava 
Saída: 07:00
Chegada: 18:30


































































































































































































































































19 Fev - Dia 3
De Guarapuava a Ponta Grossa
Saída: 09:30
Chegada: 17:00





















































Visita a uma cachoeira no caminho


















































20 Fev - Dia 4
De Ponta Grossa a Curitiba
Saída: 08:00
Chegada: 15:00


























































Chegada em Curitiba, em frente ao Palácio do Governo.
A Mari esteve presente pra acompanhar o momento.
(crédito da foto: terceiros)







Assista no link abaixo a um pequeno vídeo do evento:

Clique aqui






Observação:

  • Meu muito obrigado ao Sérgio Filardo - organizador da categoria Adventure e líder do comboio - pela receptividade, paciência nas orientações e atenção a todos os detalhes durante a viagem.






"Deixamos de fazer certas coisas não porque são difíceis,

antes parecem-nos difíceis porque não nos dispomos a fazê-las."

(Sêneca)







Gratidão


Força Sempre