Tiger 900 Rally Pro

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Passeio e acampamento na Cachoeira dos Solais, Tijucas do Sul-PR, 29 e 30 de Janeiro de 2021

 




* em família (Mari, Thaís e Willa)



De onde vêm os sonhos que habitam nosso imaginário?

Por aqui estamos metidos numa longa sequência de dias cinzentos e barulhentos. O céu sempre nublado e a onipresente poluição sonora típica da cidade vão, aos poucos, minando nossa capacidade de lucidez, de concentração e de ânimo para a ação. 

E eu só penso em estar em outros lugares... Onde possa ouvir o silêncio, ver outras cores, sentir outros cheiros, ver outros mundos, vibrar em outras sintonias. 

Sim, é inquietação, que ao mesmo tempo que incomoda, leva à ação, que leva ao encontro do que se busca. 

Há algum tempo venho pesquisando lugares onde ainda se possa sentir aquela rara sensação de isolamento e de quietude. Nessas pesquisas achei, no Google Maps, tempos atrás, um camping num lugar que parecia atender a esses atributos. Restava arriscar uma ida até lá pra verificar.

Fiz uma campanha de publicidade junto à minha tripulação para que me acompanhasse e, após certo esforço, consegui convencer a Mari e a Thaís a irem junto. 

Acontece que o tempo esteve incrivelmente desanimador a semana inteira e na sexta-feira, dia que combinamos para ir, não estava diferente: chuvas ocasionais e nuvens bem carregadas. Feitas as devidas avaliações, decidimos encarar as condições disponíveis e colocamo-nos a caminho.

Saímos de casa no começo da tarde e após uma hora de viagem pela movimentadíssima BR 101 entramos em uma estradinha de terra que nos levaria ao nosso pretendido destino. Bela mudança de cenário!

Mais uma hora de muitos solavancos, curvas, "sobe e desce" e alguma dúvida se estávamos no caminho certo ou não nos colocou na casa que supostamente dava acesso ao camping.

Uma mulher surgiu pela porta e nos deu as boas vindas, orientando-nos como proceder: "é só seguir 800 metros aí pela estradinha e vocês vão chegar lá. Podem ficar á vontade", disse-nos. A tal estradinha era uma pirambeira que subia um íngreme morro à frente, por entre erosões e valetas a cada pouco. Devido à chuva estava tudo bem escorregadio. A senhora até nos disse que havia outro caminho, aparentemente mais seguro, "mas com esse carro aí dá pra ir por aqui mesmo", foi sua observação. 

Sob protestos de apreensão da Mari e da Thaís, o valente Troller fez jus à sua conhecida capacidade off road e escalou o desafiante trecho sem reclamar de nada. Fantástico!

Chegando ao local, quase não acreditei no cenário: não havia ninguém, silêncio absoluto, muitas árvores, um rio correndo ao lado (e sem sinal de internet). Era praticamente o paraíso [risos].

Fizemos um reconhecimento das redondezas, montamos nossas barracas e dedicamo-nos a curtir o momento.

Havia lá um galpão, com banheiro, uma cozinha rústica e algumas mesas e cadeiras. Como a chuva não deu trégua, montamos uma das barracas (cuja impermeabilidade não é das melhores) sob o telhado da construção.

Mais tarde fizemos um lanche, jogamos umas partidas de xadrez e quando vimos já era quase onze horas da noite. O tempo passou voando. 

A noite foi ótima: temperatura amena e o barulhinho da chuva a embalar o sono. 

Na manhã seguinte fizemos uma divertida caminhada até a cachoeira que dá nome ao local - Cachoeira dos Solais -, apreciamos a paisagem, fizemos umas fotos e, retornando ao local do acampamento, desmontamos tudo e nos preparamos pra voltar pra casa. 

Na saída passamos novamente na casa da senhora que cuida do lugar para dizer que estávamos indo e para fazer o devido pagamento pelo uso. Perguntei então a ela se costumava ser sempre vazio daquele jeito e ela disse que não, que estavam havia três semanas sem receber ninguém devido às incessantes chuvas na região, e que estavam dispensando as pessoas devido às precárias condições das estradas. Disse-nos que permitiram nossa ida apenas porque dissemos, no contato prévio via mensagem whatsapp, que estaríamos indo de jipe. 

É isso.

Mais um lindo lugar "descoberto" e que merece outras idas, em tempos futuros.

E os sonhos que habitam nosso imaginário vêm de onde?... Dos nossos labirintos mentais, dos nossos devaneios, dos nossos anseios. Quem sabe? 




























































































(Crédito da foto: Thaís)






(Crédito da foto: Thaís)













No link abaixo, algumas imagens do passeio:


Clique aqui






"Os homens consideram-se livres porque têm consciência

de suas volições e desejos,

mas ignoram as causas pelas quais são levados

a querer e desejar."

(Spinoza)






Gratidão



Força Sempre








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