Tiger 900 Rally Pro

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domingo, 16 de agosto de 2015

Ironman Brasil (1º) – Florianópolis - 29 Mai 2004





3,8 km de natação
180 km de ciclismo
42,2 km de corrida




A minha história com o esporte começou nos idos anos de 1982/ 83, quando, com os meus leves quatorze/ quinze anos de idade,  estudava no Colégio Militar de Brasília. Nas sessões de educação física, enquanto a maioria dos colegas preferia o indefectível futebol, comecei a perceber que o que curtia mesmo era a solidão das corridinhas em volta do Colégio. 

Com o tempo e o prosseguimento na carreira militar o gosto pelas corridas se aprofundou e foi conquistando o seu espaço.

Mas foi somente em 1999, quando já estava com 31 anos de idade e um tanto incomodado com a desgastante rotina de trabalho à época, que resolvi participar da minha primeira maratona (42,2 km), em Curitiba. De certa forma, aquele evento marcou minha entrada para o mundo das provas esportivas, em que descobri uma gratificante forma de manter o estímulo e a dinâmica dos treinamentos.

No ano seguinte, já morando em Curitiba, resolvi entrar para uma escola de natação (Amaral Cabral), com a simples intenção de variar um pouco da corrida, e também porque apreciava muito aquele esporte. Sempre achei o movimento do ato de nadar belíssimo, atraente, elegante (quem nada bem, é lógico). Mas comecei a gostar da natação mais do que como mera alternativa à corrida. Aprendi realmente a me sentir bem nadando (muito embora nunca tenha aprendido a nadar bem, infelizmente...).

Incentivado por alguns colegas dessa escola, comecei a participar de uma ou outra travessia de natação em mar, na maioria das vezes no litoral de Santa Catarina.

Mais ou menos no começo de 2001 o professor da natação, Almir Brandalize, me fez uma pergunta que ficou ecoando na minha cabeça por vários dias e que definiria, de uma forma que não podia prever à época, a direção em que investiria minhas melhores energias nos próximos vários anos: "por que você não faz triathlon?". Mais do que uma pergunta e mais do que uma sugestão, a proposta na verdade foi meio no tom de desafio, de imposição (no bom sentido).

Em fevereiro de 2002 participei da minha primeira prova de triathlon, o SESC Triathlon de Caiobá/PR, na distância "short" - 750m de natação, 20 km de bike e 5 km de corrida, na modalidade Mountain Bike. A partir daí, os eventos foram se sucedendo meio naturalmente.

Alguns meses depois, embalado pelo incentivo do Almir e pela boa vibração do esporte, resolvi adquirir uma bicicleta Speed (de ciclismo de estrada) - uma Giant Cadex usada (bem usada!...), que, apesar de não ser uma bike específica de triathlon, já era mais próximo.

Continuamos brincando e nos divertindo de fazer força nas provinhas que aconteciam em Curitiba e nas redondezas. Naquela época esse esporte ainda tinha ares de novidade e de ser meio exótico. 

No começo de 2004, possivelmente pra tentar afogar algumas mágoas recentes da vida, procurei o Valter Maione, da assessoria Amaral Mercês de triatlhon, e comentei com ele que gostaria de tentar fazer o Ironman de Florianópolis daquele ano, dali a alguns meses. 

O Ironman, naquela altura do campeonato, era total novidade por aqui, e ainda era tida como um prova duríssima, dificílima, "coisa de doido"... O Valter foi muito receptivo e muito cauteloso - duas características bem adequadas ao que se propunha. Combinamos de ir treinando aos pouquinhos, pra ver no que ia dar.

Começava ali meu relacionamento com as planilhas de treino, compromissos de metas a atingir, finais de semana totalmente dedicados aos treinos longos e outras nuances do triathlon de endurance.

Deu certo. No dia 29 de maio, por volta das sete e meia da noite, concluía meu primeiro Ironman, em Florianópolis, após 12 horas e meia de brincadeira.

O triathlon, e particularmente o Ironman, marcaram desde então minha vida, e se transformaram numa escola de desenvolvimento de valores pessoais e num mecanismo de gerar desafios e objetivos a serem atingidos. Voltaria a estar presente no Ironman de Floripa nos anos de 2006, 2007, 2008, 2011 e 2012.

Nos anos seguintes a isso uma série de fatores foi alterando um pouco a dinâmica dessa engrenagem, e acabei me afastando da tribo. Muita coisa mudou nesse esporte nesses últimos quinze anos, para o bem e para o mal. Não obstante, continuo apreciando a proposta e o perfil da modalidade... A porta continua aberta.





(Curitiba, Janeiro de 2017)





Tempos de prova:

3,8 km de natação: 1h 35min
180 km de ciclismo: 6h 39min
42,2 km de corrida: 4h 01min

tempo total: 12h 31min







Grande amigo Samuca e eu, momentos antes da largada






Na etapa do ciclismo, com a boa e velha Giant Cadex







Na corrida






Chegada com a Thaís no colo!! Bons tempos...








A medalha























Gratidão






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