Tiger 900 Rally Pro

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domingo, 8 de outubro de 2017

Copa Troller etapa Jaraguá do Sul-SC, 30 Set 2017









Neste final de semana fui participar da etapa da Copa Troller de rally de regularidade em Jaraguá do Sul-SC.

“A Copa Troller é um dos principais rallies de regularidade do país. Seu objetivo é aliar emoção, competição e diversão em uma prova única.

A principal característica do evento é fazer os participantes seguirem uma planilha com tempos e médias de velocidades controladas (de acordo com o nível de cada categoria). O campeonato é regulamentado pela CBA – Confederação Brasileira de Automobilismo. Este ano a Copa Troller completa 15 anos!” [transcrito do site Troller]












Para a função de navegador convidei o Adriano, marido da Celina, sobrinha da Mari, que mora naquela cidade.

A Mari me acompanhou na empreitada, a fim de aproveitar a oportunidade pra dar um passeio.

Saímos de casa na sexta feira à tarde, debaixo de chuva e de previsão de muita chuva no final de semana na região da prova. Chegamos ao hotel sede do evento no começo da noite, depois de uma navegação um tanto incerta por estradinhas de terra, guiados pelo GPS do celular.

Participamos da aula de navegação, depois fizemos a confirmação da inscrição, adesivagem do carro, briefing da prova, rápido lanche e cama. E dá-lhe chuva lá fora!! Comecei a ficar preocupado se os pneus All Terrain dariam conta de segurar o carrinho nas lamas do caminho do dia seguinte (e de tira-lo de algum eventual atoleiro). Mas como “preocupar-se” não é ação tática, como bem ensina a doutrina militar, dormi na paz.

O sábado amanheceu cinzento e chuvoso como no dia anterior. Fizemos os últimos ajustes (acerto da calibragem dos pneus para 24 libras) e partimos para o local da largada. Lá encontramos o Adriano, animado com a oportunidade de participar da prova. Decidimos de última hora chamar também a Celina para ir de “zequinha” junto com a Mari.






Eu e o Adriano, meu navegador






Local da largada





Havia cerca de 55 carros inscritos (fora os participantes do passeio guiado), distribuídos em quatro categorias. Participamos da categoria “expedition”, equivalente a “iniciante”. A questão principal em um rally de regularidade como esse é, inicialmente, cumprir o roteiro previsto na planilha, ou seja, orientar-se a fim de não se perder. Em segundo lugar cumprir as médias horárias previstas, passando pelos pontos de controle o mais próximo possível da hora marcada. Para isso os mais experientes e competitivos usam sofisticados equipamentos de controle e aferição, levando a precisão dessas passagens à casa dos décimos de segundo. Na categoria de que participamos não era permitido o uso de equipamento de navegação dedicado, mas de aplicativos de navegação sim. Entretanto, como o Adriano não conhecia o uso desses aplicativos, optamos por usar apenas o odômetro original do carro e um cronômetro simples.






Pórtico de largada




A primeira hora foi um deslocamento por asfalto até a cidade vizinha de São Bento do Sul, onde começou a parte boa da brincadeira, as estradinhas de terra.







Etapa "neutralizada" após o trecho de asfalto





Logo em seguida passamos pelo autódromo off road da cidade, onde demos algumas voltas com trechos bem instigantes, porém nos desorientamos e seguimos alguns minutos meio às cegas, tentando achar uma referência na planilha que nos devolvesse ao roteiro previsto. Conseguimos nos reorientar e retornar à planilha usando algumas táticas de “seguir aquele carro ali” e um pouco de sorte.

A chuva ficou oscilando entre forte, média e fraca, mas esteve presente quase o tempo todo. O lado bom era que as estradinhas de terra estavam do jeito que jipeiro gosta, com muita lama. Passamos por lugares muito bonitos, outros com trilhas bem apertadas e escorregadias, fazendo as meninas no banco de trás se contorcerem pra se segurar, entre exclamações de “ai meu deus!” e “segura esse negócio aí!”.











Ao todo foram cinco horas de prova (134 km). Na última hora as “passageiras” do banco de trás já estavam demonstrando sinais de cansaço, mas isso faz parte da brincadeira.











No final deu tudo certo. Chegamos sãos, salvos e satisfeitos à chegada, ainda que sem expectativa de obter um bom resultado, em função dos pequenos erros cometidos e da falta do tal aplicativo pra controlar melhor as médias. Mas como passeio, que era, a rigor, o nosso objetivo, valeu demais.






A equipe







Local da chegada





O Troller, colocado no seu habitat, se comportou com a maestria esperada. É difícil explicar pra quem não conhece qual é a “graça” desse carro... É verdade que tem uma série de limitações e algumas deficiências, mas visto sob a ótica de um equipamento pra encarar qualquer terreno e passar com eficiência, ele é fantástico! É um prazer sentir a rusticidade da estrutura, o vigor do motor diesel, a simplicidade da cabine e dos acabamentos (que dispensam maiores preocupações com barro, água e outras sensibilidades desse tipo). O carrinho é “pau pra toda obra’. Como diz aquele ditado: “pra quem não conhece nenhuma explicação é possível. Pra quem conhece, nenhuma é necessária”.

Há que se destacar ainda a organização primorosa do evento, desde as medidas pré-prova, passando pela escolha do roteiro, preparação da planilha, orientações aos participantes, e culminando com o almoço pós-evento e o clima de alegria e descontração. Muito bacana o formato adotado. 





Esse é o verdadeiro espírito desses “brinquedos” – proporcionar prazer e diversão.






A seguir, algumas fotos de outros carros (e outras categorias) na prova (crédito dessas fotos: organização do evento):





































Gratidão





Força Sempre








"De que serviria ao homem acumular montanhas de trigo,
carvão, petróleo e todos os metais
se tivesse a infelicidade de perder o gosto pela ação,
isto é, o desejo de se tornar cada vez mais homem?"

(Pierre Teilhard de Chardin)







Obs: Todas as fotos: arquivo pessoal.


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