Tiger 900 Rally Pro

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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Voltinha de moto, 03 Jun 2017








Puro prazer de pilotar

Curitiba - Registro/SP - Curitiba


Fico imaginando nossos ancestrais, há muitos milhares de anos, dando uma escapada de suas aldeias de vez em quando, montados em seus cavalos, em busca de horizontes e ares diferentes, pra espairecer um pouco a cabeça...

De certa forma, foi seguindo mais ou menos o mesmo impulso que neste sábado montei no meu cavalo mecânico e me pus na estrada.














Saí de casa no meio da manhã e fui até a cidade de Registro, no estado de São Paulo, pela BR 116 (Rodovia Régis Bitencourt). Fiz uma parada sem pressa num posto da região, comi alguma coisa e retornei pra casa na sequência. No total, 410 km rodados.











Estive avaliando que pilotar a GS em estradas de asfalto secundárias e tortuosas (como, por exemplo, a BR 373, que passa por Apiaí-SP), é bastante divertido, assim como as eventuais estradinhas de terra dos nossos muitos ambientes rurais, mas acelerá-la em trechos de estrada como esses 200 km entre Curitiba e Registro é realmente extasiante. Me arriscaria a dizer que é o tipo de estrada perfeito pra explorar as mais admiráveis habilidades desse tipo de moto.

Sentir o ronco grave do motor boxer cantando em altas rotações nas retomadas de velocidade, as gostosas reduções de marcha pra entrar nas curvas um pouco mais na mão ou o giro suave da velocidade cruzeiro nas retas representam efetivamente o puro prazer de pilotar.











Dar uma saída para uma autoestrada como essa de vez em quando instiga a imaginação e os sentidos. Sou tomado, sempre que faço isso, por uma sensação de que devia fazer mais, e, é lógico, pelo devaneio sempre vivo de “um dia” sair viajando sem destino, sem prazo, sem amarras...

É muito comum associar o motociclismo ao sentimento de liberdade, e, em que pese o jeitão de clichê dessa afirmação, o fato é que realmente essas máquinas são fantásticas e empolgantes, e não é à toa que é uma das “tribos” que mais cresce e vibra com a sua curtição, dentre as muitas que existem por aí.

O mundo está aí. Cabe a nós o auto compromisso de (pelo menos tentar) percorrer os caminhos que encantam nosso coração.

Viva a vida!






Represa do Capivari (vista da estrada), 
a 50 km de Curitiba, no meio da tarde







"Deixe-nos conhecer os lugares silenciosos,
deixe-nos procurar o que a sorte nos reserva,
deixe-nos viajar para uma terra solitária que conheço.
Há um sussurro no vento da noite,
há uma estrela para nos guiar.
E o desconhecido está chamando, chamando... Deixe-nos ir..."

(Robert Service)








Gratidão




Força Sempre













Obs: todas as fotos: arquivo pessoal.





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"Capitão Fantástico"







O filme "Capitão Fantástico" (lançado em 2016, direção de Matt Ross) é uma bela obra do cinema que conta a história de dois pais que decidem criar e educar seus seis filhos de forma alternativa à padronizada pela sociedade. Para tanto eles se isolam numa cabana na floresta e lá buscam viver segundo os mais altos ideais filosóficos e instruções práticas de como viver de forma auto suficiente. 

Mas o filme se desenvolve mesmo é em torno de um acontecimento que mexe com a estrutura da família.  A mãe dos meninos morre num hospital na cidade, e eles decidem ir ao seu funeral, montado e gerenciado pelos pais dela, totalmente formais e tradicionalistas. Daí surgem os casos e cenas que servem como pano de fundo para expor a verdadeira e importante mensagem que o filme quer passar.

O drama-comédia nos convida a pensar em diversos aspectos do nosso atual modelo de vida, tais como a consistência da educação formal de nossos filhos, conceitos como clareza e transparência na educação e na forma de nos relacionar com as crianças, o modelo tradicional de religião e seu artificialismo excessivo, etc. 

Vale muito a pena assistir e se divertir com a história, e, logicamente, refletir sobre as mensagens que ela quer passar, e trazer essa reflexão para a própria vida. Ainda que não se espere que venhamos a adotar um estilo de vida totalmente alternativo (o que também não seria má ideia), pelo menos pode servir para também não nos entregarmos passivamente a esse modelo arcaico e artificial de sociedade que tentam nos vender todo santo dia como o único possível e aceitável. 










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