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domingo, 16 de julho de 2017

Triathlon Olímpico de Caiobá à maneira "soloman", 08 Jul 2017










Nesse final de semana coloquei em prática uma antiga ideia que há muito esperava a sua hora: realizar uma "prova" de triathlon por conta própria, à maneira "soloman", termo inventado para designar um estilo de triathlon à parte de grandes organizações, custos elevados e regras excessivamente rígidas. 

Para tanto, aproveitando uma demanda familiar de querer dar uma saída para um final de semana na praia, a fim de dar uma desligada da rotina da cidade e de casa, fomos para Caiobá, simpático balneário no município de Matinhos, no litoral do Paraná, a apenas 110 km de Curitiba. Como estamos no inverno, e as pessoas, de forma geral, são formatadas para curtir praia apenas no verão, o local fica bem tranquilo nessa época, o que é uma verdadeira dádiva. 

No sábado pela manhã, sem pressa, tomamos o café da manhã juntos e em seguida me dirigi à Praia Mansa, praticamente ao lado do hotel em que ficamos, para dar início aos "trabalhos". Esse é o local de realização das tradicionais provas do SESC Triathlon, dentre outras. O tempo estava bom, apesar de haver algumas nuvens no céu. Alguns minutinhos de aquecimento e planejamento mental e sem cerimônia acionei o cronômetro do relógio e me lancei à água, deixando a Mari de "guarda vida". A água estava gelada, ao que percebi que podia ter usado a roupa de neoprene, mas avaliei (equivocadamente) que não seria preciso. 







(1)





Previ nadar cerca de 35 minutos, o que imaginei que daria em torno de 1500 metros percorridos. Apesar da temperatura da água estar bastante fria, o ritmo encaixou bem e com quinze minutos e pouco no cronômetro fiz meia volta no trajeto que tracei mentalmente paralelo à praia e iniciei o retorno. Saí da água com o cronômetro marcando 34 minutos. Beleza!...







(2)









Registro da natação no Garmin




Corridinha até o carro, onde havia montado minha área de transição, mudança para o "modo bike" e bora pra estrada. O percurso do ciclismo também foi praticamente o mesmo que é feito nas provas de triathlon oficiais realizadas por lá: os primeiros 4 a 5 km são meio travados no trânsito da cidadezinha, mas logo em seguida vem o belo trecho da estrada Alexandra-Matinhos, quase todo plano, com bom asfalto, paisagem bonita em volta, mas sem acostamento... Apesar de ser pista dupla, a tensão de pedalar dividindo espaço com os carros sempre em alta velocidade é inevitável. 








(3)







Usei nessa fase a excelente bike Cervélo R3, uma autêntica road bike, que cumpriu sua missão com maestria e desenvoltura. O ciclista sobre o selim é que estava meio desacostumado a pedalar em trechos retos e planos como aquele, mas até que deu tudo certo. 






Dados da etapa do ciclismo





Feitos os 40 km de pedal (metade indo, metade voltando), era hora da corridinha. Fiz a transição novamente junto ao carro. Tênis nos pés, um gole d'água pra refrescar e bora correr. Pra aproveitar o belo cenário disponível, resolvi correr pela praia principal de Matinhos, indo pela faixa de areia e voltando pelo calçadão da avenida beira-mar, duas vezes esse percurso, fechando a etapa com 11 km percorridos.









(4)




Na segunda metade dessa corridinha me dei conta do por que estava ali, fazendo o que estava fazendo. Aquela incrível e fantástica sensação de se sentir em "fluxo", concentrado, absorto no tempo, à parte das circunstâncias ao redor, sem pressa, sem ansiedade, sem tensão, apenas movimento e energia fluindo. Muito bom!







Dados da etapa da corrida





No final das contas fica a grata satisfação do "dever cumprido" e a experiência de que esse tipo de prova auto sustentada traz tanta (ou mais) realização quanto as provas oficiais organizadas por empresas. Nada contra esses eventos. É lógico que a festa em que se transforma a competição nessas provas organizadas é bacana, é motivador, e o próprio ritmo de prova pode ser estimulado pela competição sadia entre os participantes, mas fazer por conta própria, em contrapartida, tem o sabor especial do ritmo próprio, do horário que se escolhe, da leveza de não ter outro compromisso que não consigo mesmo, do puro prazer de fazer força por livre expressão da vontade.

Há que se considerar ainda o custo meio exorbitante que as provas de triathlon tomaram desde há já muito tempo. Uma provinha como essa, feita sob a chancela da Federação Paranaense de Triathlon, por exemplo, não sai por menos do que trezentos e tantos reais. 

Desta forma, está estabelecido mais um parâmetro de brincadeiras que podem ser montadas por conta própria! Pra melhorar, só se estivesse com um grupo de amigos que curtem a mesma energia. 

Viva a vida!




Obs: Crédito das fotos (1) a (4): Mari e seu celular.








(: GoPro)




Aproveitei ainda o passeio pra fazer algumas fotos aéreas com o Mavic das praias e cenários locais. Como se vê nas imagens a seguir, parece que do chão às vezes não temos a perspectiva da beleza do local em que nos encontramos...




































































Especial obrigado à Mari e à Thaís - minha querida "equipe de apoio", que pacientemente me acompanhou (tanto quanto possível) e torceu pelo bom resultado da ideia. 






Ondas batendo num rochedo à beira-mar (by Mavic):









Gratidão




Força Sempre




















"Alegra-me ter descoberto a diferença entre possuir e pertencer.
Os livros, as obras de arte e toda a beleza do mundo são o apanágio
dos que o amam e compreendem, 
sejam eles seus proprietários legítimos ou não.
Todas essas coisas, eu também possuo, sem que me pertençam.
E pouco me importa a quem pertençam.
E acontece que seus legítimos donos talvez
as possuam menos do que eu.
(James Howard Keller)







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