Viagenzinha de carro com acampamento
* em parceria com a Mari
Mari e eu bolamos essa viagenzinha só pra dar uma saída de casa e espairecer um pouco a cabeça. Definimos como destino um camping (@recanto_cabana_da_mata) na região rural da cidade de Rio Negrinho, em Santa Catarina, distante cerca de 170 km (3 horas e meia de carro) de Curitiba.
Passeiozinho simples, pra curtir essa pegada muito legal do campismo, e que funciona bem pra dar aquela quebrada na rotina.
Saímos de casa na sexta-feira por volta das 11 horas da manhã. Chegamos ao local do camping no meio da tarde, ambientamo-nos, montamos o acampamento, passamos a noite, no dia seguinte pela manhã fizemos uma caminhada de 7 km (ida e volta) até uma cachoeira ali perto e, após o almoço, voltamos pra casa.
Por ser feriado, havia bastante gente no lugar, o que tem um aspecto positivo e outro nem tanto. O lado bom é que dá aquela sensação de que há mais pessoas com a mesma sintonia que a nossa, e cria um ar meio que de festa, que dependendo da intenção, pode até ser legal. O lado não tão bom é o barulho e a movimentação que as pessoas inevitavelmente causam. Ou seja, são dois lados da mesma moeda. Nesse caso, achamos um bom meio termo, pois montamos nossa barraquinha num local afastado da maioria, e assim preservamos um pouco a sensação de paz e de tranquilidade que um programa assim evoca.
Pra completar a brincadeira, ainda levamos a Willa, nossa cachorra, que não sei bem se gostou ou não da pequena aventura... Rsrs. Em certos momentos parecia que ela não entendia muito bem o que estava acontecendo... Rsrs.
O lugar do camping nos surpreendeu positivamente pela beleza, ar bucólico, pessoas simpáticas, organização e ambiente familiar. Características típicas do belo estado de Santa Catarina. Certamente vai valer uma nova visita futuramente.
À noite ainda teve uma inusitada apresentação ao vivo de músicas gaúchas e italianas, à base de gaita (sanfona) e uma percussão improvisada, pra alegria e êxtase da Mari. Cantoria essa realizada pelos filhos e netos do senhor dono do lugar, que nos convidou pessoalmente para o animado evento. Muito bacana presenciar essa genuína exposição da cultura regional.
De madrugada choveu um pouco, e na manhã seguinte amanheceu bem nublado e friozinho, chuviscando de vez em quando, contrariando um pouco a previsão do tempo. Mas tudo certo.
Quando a gente pensa em fazer um passeio assim, inicialmente sempre bate aquela dúvida: "será que vai valer a pena?", "mas todo esse esforço pra passar só uma noite?..." e coisas assim. Mas o que a gente percebe é que sempre vale, que mais importante do que a duração é o sentimento de ter ido, de ter curtido, de ter dado uma saída.
Esse negócio de conhecer lugares nunca antes visitados pode ser algo meio básico, digamos assim, mas incrivelmente tem uma graça toda própria. De alguma maneira, parece que dá uma "oxigenada" na forma de processar o dia-a-dia. É uma forma de encanto que, como tantas outras, precisa ser cultivada. Se não for exercitada, pode ser que venha a perder a sensibilidade com o passar do tempo.
Por fim, cabe destacar e agradecer a animada companhia da Mari no passeio, com o seu astral sempre elevado e boa disposição pra encarar os pequenos desconfortos inerentes à empreitada.
É isso. Vamos juntos?
pra dar aquele "reset" no sistema. Rsrs
Videozinho resumo do passeio:
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* breve reflexão *
Sobre a aleatoriedade (ou não) dos acontecimentos
A Mari e eu nos conhecemos numa banquinha de venda de caldo de cana, numa esquina de Boa Vista, em Roraima, num final de tarde de um dia qualquer de semana, ali por abril de 1997. Estava indo pra casa, saindo do trabalho, e resolvi parar no lugar pra tomar um caldo e refrescar o calor escaldante que havia feito ao longo do dia.
A Mari estava sentada, sozinha, numa mesa há alguns metros de distância. Trocamos olhares e logo em seguida nos aproximamos, juntos, pra pagar o lanche junto ao caixa. Perguntei, casualmente, se ela sabia onde seria um show de música que haveria no final de semana seguinte ali perto. Ela me explicou o endereço e disse que, coincidentemente, também iria ao tal show (uma apresentação "cover" do Legião Urbana), e quem sabe nos encontrássemos lá.
Uns três dias depois voltamos a nos encontrar, 'já não tão coincidentemente', na apresentação, num ginásio local. Batemos um papo rápido, trocamos nossos números de telefone e ficamos de nos voltar a falar "quem sabe, uma hora dessas".
Pra resumir a história: só começamos a ensaiar um namoro uns dois a três meses mais tarde e, vinte e seis carnavais depois, aqui estamos, levando nossa cachorrinha de treze anos de idade pra acampar conosco, pra sair um pouco da rotina.
A questão que fico pensando de vez em quando é: se por qualquer motivo eu não tivesse parado naquela esquina naquele final de tarde pra tomar aquele caldo de cana, minha vida teria seguido um rumo completamente diferente do que seguiu desde então? Assim como a vida da Mari?...
E será que aquele encontro, aparentemente e sob todos os argumentos, totalmente fortuito, foi de fato aleatório?
Estive pensando que, a rigor, a maioria das histórias de encontro de futuros casais deve ter acontecido de alguma forma em eventos semelhantes a esse da nossa história pessoal. Encontros casuais, meio "do nada"... E é curioso pensar que a vida se desenvolve e acontece baseada em eventos desse tipo. Ou seja, alguns minutos de diferença entre eventos inicialmente isolados poderiam ter mudado toda uma história futura.
Sei lá!... Não sei bem o que se pode concluir dessa questão, ou se há algo que se possa deduzir daí. A gente ouve muito, em diferentes fontes, de forma bastante enfática até, que "nada acontece por acaso" e outros conceitos desse tipo. Que tudo o que acontece seria minuciosa e inteligentemente engendrado por um macro plano cósmico absolutamente perfeito e tal... Pois é. Não sei.
E você. O que acha disso tudo?
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"As pessoas entram em nossa vida por acaso,
mas não é por acaso que elas permanecem."
(Lilian Tonet)
Gratidão
Força Sempre
Adoráveis histórias do Assis, meu amor faz de um acampamento uma viagem maravilhosa. Que outros mais escrevam suas histórias com entusiasmo assim. Que venham mais viagens belas e felizes. Amo tudo isso!💕
ResponderExcluirParabéns 👏👏👏 linda a História de vocês 💕🤗
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