(Crédito da foto: equipe Foco Radical)
Fui participar dessa corrida em Joinville a convite do amigo Rogério Bastos, que mora lá e foi um dos organizadores do evento.
Aproveitei a oportunidade pra fazer a pequena viagem (130 km distante de Curitiba) com a GS, e curtir, assim, um pouco do prazer de pilotar em estrada. Como a largada da corrida seria às sete horas da manhã do domingo, saí de casa no sábado à tarde e, aceitando o convite recebido, pernoitei na casa do Rogério.
Nossa amizade conta já mais de vinte e cinco anos, tendo sua origem na época em que ambos servíamos como oficial no 62 BI, no começo da década de 1990. Assim, no sábado à noite compartilhamos uma bela pizza, na companhia de sua esposa Marília e seu filho Fábio, em meio a agradável conversa a respeito dos "velhos tempos", bem como dos atuais. Muito bacana esse momento.
O tempo, "pra variar", estava chuvoso e cinzento em toda a região, desde alguns dias antes. O domingo amanheceu ainda fechado, com tudo muito úmido e cara de mais chuva.
O Fábio (que correu os 5 km) e eu fomos caminhando juntos até o Batalhão, alguns minutos antes do horário previsto para a largada. O Rogério havia saído ainda de madrugada, devido aos seus compromissos com a organização.
A corrida era em comemoração aos 100 anos da chegada do 62 BI a Joinville, e contava com mais de 1.300 inscritos (nas distâncias de 5 e 10 km).
Dada a largada, fui entrando no ritmo aos poucos, embalado pela multidão e pelo aspecto um tanto melancólico da manhã chuvosa. Atenção aos movimentos, à flexibilidade das articulações, à dinâmica das passadas, e os quilômetros foram passando.
Mais ou menos na metade do percurso, recomeçou aquela chuvinha fina, criando uma boa contraposição ao calor interno gerado pelo exercício.
Concluí o trajeto com uma sensação boa de tranquilidade e domínio da situação. Participar dessa corrida teve um gosto todo especial de nostalgia, de sentir o tempo passando. Muito bacana essa sensação de voltar a um lugar com tanto significado, tanto tempo depois.
Servi no 62 durante cinco anos (de 1992 a 96), nos primeiros anos da carreira militar, e tenho um carinho e um conjunto de emoções realmente muito intensas com a Unidade. Não foi uma época fácil, mas foi bacana. Voltar àquele pátio de formatura, com seus paralelepípedos irregulares, com o velho lema "os melhores são apenas bons para a Infantaria" escrito no lado interno do pavilhão de comando, os prédios das Companhias ao redor, é como voltar no tempo... Quantas vezes! Quantas histórias! Quantos amigos!
Inevitável mencionar o sentimento de saudade. Mas de que exatamente? Talvez não de fatos ou de acontecimentos específicos, mas sim de algo mais difuso, mais íntimo. Talvez seja mais um sentimento de tristeza (ainda que intelectualmente resignada) por essa condição incontornável da vida: cada momento vivido é único e irreversível.
Essa constatação só confirma a "necessidade" de valorizar cada dia, cada oportunidade, cada respiração, cada singelo segundo da vida, porque tudo passa realmente muito rápido, e não tem volta. Viver não tem ensaio, não tem depois, não tem concessões... É aqui, agora, e só.
Na volta pra casa, mais chuva na estrada. A GS, impecável.
Viva a vida!
(Crédito da foto: equipe Foco Radical)
Meu muito obrigado ao amigo Rogério, pelo convite, pela acolhida, pela conversa, pela amizade. Valeu!
E parabéns pela organização do evento. Padrão profissional!
E parabéns pela organização do evento. Padrão profissional!
Gratidão
Força Sempre
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