Tiger 900 Rally Pro

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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Corrida "Naventura Ilha do Mel" 16 km, 26 de Agosto de 2018









A Ilha do mel, no litoral do Paraná (cujo ponto de embarque para a travessia, na localidade de Pontal do Sul, fica a 130 km de Curitiba) é efetivamente um show, em termos de natureza bonita, conforto acústico e cenários inspiradores. Esses foram alguns dos motivos que me motivaram a ir participar dessa corrida por lá, no último domingo. 

A proposta dessa vez era uma corrida de 16 km, organizada pela empresa "Naventura".

Saí de casa às seis da manhã, acompanhado pelo amigo Alexandre. Às oito estávamos iniciando a travessia para a ilha, a bordo de um barco de transporte. O trajeto leva cerca de meia hora. A manhã estava fria e o vento muito forte. O mar estava bem agitado. Fiquei imaginando um caiaque galopando as enormes ondulações que se batiam desencontradas ali fora. Já fiz essa travessia remando com o Kayapó duas vezes (se não me falha a memória), e em ambas as ocasiões foi um tanto tenso.

Largamos para a brincadeira às nove horas, juntamente com uma galera animada e colorida. Além da prova de 16km, havia também a de 8 e de 4 km. O terreno foi bem variado, ora trilhas no meio da mata, ora areia firme da praia, ora areia fofa, alguns trechos de costões de pedra e alguns morrinhos pra dar aquela pitada de esforço extra.

Da minha parte a corrida rendeu bem. Parece que me senti relativamente forte e bem por quase todo o tempo, apesar de um ponto de tensão no pé esquerdo que vem incomodando um pouquinho há alguns dias. 

De alguma forma parece que a fórmula de treinamento que venho adotando nos últimos tempos (com diminuição de volume e incremento de exercícios funcionais) está funcionando. 

No final das contas ainda fiquei em 2º/9 lugar na categoria 50-59 anos. Mas, como sempre digo, isso é o menos importante. 

Valeu! Bom demais!






 Pouco antes da largada.







Alexandre, amigo de longa data.







 O belo visual da ilha.
















Subida do farol, mais ou menos no km 10: força nas pernas!








 O farol.
















Muito bom correr nesse cenário.








 Premiação da categoria 50-59 anos: só os "velhinhos"... rsrsrs




























Gratidão




Força Sempre









quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Publicar ou não publicar - eis a questão. Breve reflexão sobre este blog. Curitiba, Agosto de 2018












(3 anos deste blog - 3 anos de compartilhamento de ideias)






Desde que comecei a escrever e a publicar neste espaço virtual algumas questões me incomodam. Dentre elas: a ampla e irrestrita exposição pessoal que essa fantástica ferramenta chamada internet proporciona, o risco de ser mal interpretado, as inevitáveis críticas (ainda que não expressas diretamente), etc.

Tornar público experiências, ideias, histórias, fotografias e reflexões pessoais, sem se quer saber quem está acessando esse histórico do outro lado, é, visto de certo ponto de vista, uma temeridade. A começar pelo simples fato de estar expondo algo que é, a rigor, pessoal, o que pode ser considerado sumariamente como pouco recomendável sob o aspecto da descrição e segurança pessoal. Será que não seria muito mais prudente manter todo esse conteúdo devidamente guardado a sete chaves, em casa?

Mas há outro enfoque possível a essa questão: se, em vez de pensarmos em "publicar", pensarmos em "compartilhar", a proposta muda, não? Ao mesmo tempo em que podemos questionar "por que publicar?", podemos também perguntar "por que não compartilhar?". Se expor-se a possíveis leitores e visitantes das postagens envolve o inevitável risco da exibição, não expor-se poderia ser lido como um sintoma de querer guardar tudo para si mesmo...

Sobre o risco de ser mal interpretado, o que mais preocupa é a possibilidade de isso tudo parecer um simples meio de “propaganda” pessoal, de mostrar o que ando fazendo ou algo nesse sentido, quando, na verdade, não é nada disso.

Dentre os riscos da crítica, creio que o mais “problemático” é tudo isso parecer simplesmente uma grande tolice, no sentido de “não haver nada que realmente merecesse tamanha divulgação”. A esse respeito, há que se considerar que em nenhum momento foi dito aqui que a matéria do blog é composta de feitos homéricos ou espetaculares.

A fim de contextualizar e tentar entender um pouco melhor a ideia deste espaço, voltemos às origens. O objetivo inicial era organizar um monte de material de viagens e provas esportivas que tinha guardado em vários lugares e fontes diferentes, e, com isso, criar uma forma de compartilhar essas histórias com os amigos e familiares mais próximos. Por diversas vezes, quando voltava de uma viagem, era perguntado sobre as fotos, e “como foi lá?” e outras curiosidades desse tipo. Como nunca fui de falar muito, sentia que ficava sempre faltando alguma coisa nas curtas respostas que costumava dar. A verdade é que aprecio e me sinto muito mais à vontade escrevendo do que falando, e essa característica contribuiu para a ideia de criar um espaço onde pudesse me expressar através da escrita. Some-se a essa equação minha paixão antiga também pelas imagens fotográficas, e aí esse formato oferecido pelo blog pareceu casar perfeitamente uma coisa com a outra.

O “problema” é que o que se publica nesse espaço não é restrito a amigos e familiares. Está aberto a todos. Houve uma fase em que até pensei em restringir o acesso apenas a convidados, o que é possível, e cheguei até a efetivar essa restrição por algum tempo, mas isso causou alguns inconvenientes técnicos e ainda o problema correlato de ter que selecionar quem poderia entrar, e acabei concluindo que era melhor deixar o acesso público mesmo.

Na verdade, todo esse processo de montar uma postagem e publica-la sempre me deixa com um sentimento ambíguo. Por um lado curto a brincadeira de escrever, de contar uma história, de compartilhar fotos desses momentos, mas por outro lado sempre fico um pouco inquieto com as questões que estou abordando aqui.

O fato é que não há ação humana que tenha apenas uma vertente, apenas um lado, apenas virtudes ou apenas problemas. Tudo o que fazemos está sujeito à dualidade típica do nosso mundo material/mental. É bacana, mas traz riscos. Eu, que nunca gostei do excesso de precaução contra os riscos, não poderia, sobre essa questão, me furtar a eles...

Os “especialistas em atualidades” costumam dizer que esse modelo de textos e imagens estáticas (fotografias) está ultrapassado (e ficará cada vez mais). A vibe do momento é o dinamismo e rápida digestão dos vídeos e filmetes (curtos, de preferência). Nada contra a tendência, muito pelo contrário. Também acho a linguagem do vídeo muito bacana e inspiradora. Mas acho que as novas ideias podem (e devem) conviver bem com as antigas, por isso afirmo aqui minha convicção na velha arte de transmitir ideias juntando palavras, como um belo quebra-cabeça.

Vale ressaltar ainda que o blog não é absolutamente o motivo do que eventualmente venho inventando, mas tão somente “consequência”. Algumas vezes a ideia de relatar a história até é um estímulo e uma brincadeira íntima de algo que estou fazendo, mas em outras nem me lembro disso, e o relato é construído totalmente a posteriori. Além disso, vez ou outra, gosto de sair pra fazer minhas coisas sem nem mesmo a câmera fotográfica como testemunha, e tudo fica guardado apenas na caverna da memória pessoal. Publicar é sempre uma opção, não um compromisso ou uma necessidade.

Nesses três anos em que este blog está “no ar” acho que já amadureci um pouco essa questão da exposição. Um dos aspectos que me tranquilizam, digamos assim, é a percepção de que, no final das contas, poucos realmente leem (e prestam atenção a) o que escrevo. Isso me deixa mais à vontade [risos...].

Acho que todo escritor, no fundo, no fundo, escreve mais para si mesmo do que para um eventual leitor - ainda que, sem leitores, a escrita em si não "se complete". Nesse sentido, escrever é, para mim, um bom exercício e um prazer. 

Com relação aos eventuais leitores/ visitantes dessas histórias, se tem um efeito que eu me sentiria satisfeito em causar, seria o de criar um laço de afinidade em torno dos temas aqui tratados e de, no melhor dos mundos, inspirar cada um a criar suas próprias “histórias do coração”, a viver seus sonhos, a não abrir mão de sua “criança interior”, a viver com intensidade e alegria, pois acho que é sobre isso que tento escrever, afinal.

E então, compartilhar ou não?




Obs:


  • Agradeço sinceramente aos que, ao longo desse tempo, dedicaram um pouco do seu tempo lendo e curtindo as histórias aqui relatadas.
  • Um dos objetivos deste espaço é que ele seja uma espécie de arquivo das áreas aqui abordadas - basicamente: provas esportivas (triathlon, corrida e ciclismo), viagens e passeios, motociclismo, montanhismo, caiaque, fotografia e um pouco de filosofia e reflexão. Para isso há um "índice temático", que pode ser acessado em um link acima e à direita da tela, sob o título "postagem em destaque" - essa opção só aparece, no entanto, se acessado num computador. Os navegadores dos smartphones não tem essa opção. Veja lá.
  • Três anos se passaram desde o início do blog e ainda não consegui atualizar muitas histórias anteriores a esse começo. As postagens estão criadas, numa espécie de índice, em Agosto de 2015. Portanto, ainda "estamos em construção". Tenho que tirar um tempo pra trabalhar nisso, mas há tanto por fazer que é difícil parar pra reconstruir essas histórias de um passado que já vai parecendo longínquo. Mas aos poucos vou completando o trabalho.










"Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade, alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja

Ele vem pra me dar a mão."

(Música: "Bola de meia, bola de gude" - Milton Nascimento e Fernando Brant), link:














Gratidão



Força Sempre









sábado, 11 de agosto de 2018

Copa Troller etapa Piracicaba-SP, 04 de Agosto de 2018







Decidi participar dessa etapa da Copa Troller em Piracicaba, no estado de São Paulo, no contexto de uma outra viagem que vinha adiando há alguns meses - dar uma passada no Parque Nacional do Itatiaia pra fazer umas caminhadas, acampar e curtir aquele clima de montanha que tanto aprecio. Assim, a intenção era retomar o contato com o espírito das provas off road nesse evento e na sequência seguir para Itatiaia-RJ. Essa segunda parte da ideia, no entanto, não deu muito certo, em função de um insistente tempo chuvoso que se estendeu ao longo da semana.

Já na ida de Curitiba para Piracicaba, passando por São Paulo, no dia 3, o tempo fechou completamente, tornando a viagem um tanto tensa e pouco auspiciosa. Era um prenúncio do que estava por vir...










Para me acompanhar na prova como navegador, convidei o meu amigo (de Infantaria [rsrsrs]) Flammarion, que mora numa cidade próxima. Encontramo-nos na sexta à noite no hotel sede do evento, e entre um papo e outro, cumprimos o protocolo de confirmar a inscrição, adesivar o carro e participar do briefing da prova. 

O sábado amanheceu tão cinzento quanto o dia anterior. Em função das fortes chuvas da véspera, a direção da prova fez alterações no percurso e diversos e enfáticos avisos para que tomássemos cuidado, pois as estradas de terra haviam se transformado em estradas de lama e estavam muito escorregadias.

Iniciada a competição - no formato de um rally de regularidade - , os problemas não demoraram a aparecer. Poucos quilômetros depois de entrarmos no trecho fora de estrada chegamos a um ponto onde havia alguns jipes atolados, outros deslizando de um lado para o outro, e os demais parados, tentando enxergar uma saída para a confusão. 

Resumindo a história: levamos vários minutos pra contornar aquele ponto complicado, comprometendo definitivamente o cronograma previsto na planilha, e, pior, quando conseguimos passar esses atoleiros mais difíceis, nos vimos fora do percurso da prova, e aí não conseguimos mais achar pontos de referência pra retornar. Após quase uma hora de idas e vindas tentando achar o caminho certo, junto com outros competidores, decidimos abortar a prova e seguir direto para a chegada.

Ainda que a parte da navegação e consequentemente a prova em si tenham sido prejudicados, a diversão e aprendizado da direção numa situação bastante difícil foram muito bacanas.

Valeu!





 Flammarion, imbuído da função de navegador







 Pouco antes da largada








Tentando entender a planilha e suas peculiaridades







Outros competidores na largada







Em um ponto neutralizado, no começo da prova







 No local da confusão - atoleiros, barrancos e nenhuma referência visual









Assista abaixo a um pequeno vídeo da nossa câmera de bordo:









A seguir, algumas fotos feitas pela equipe de fotógrafos da prova [fonte: site oficial Troller]:
























































***   ***   ***






Nos três dias seguintes acabamos fazendo um bate e volta a Resende, na esperança de que o tempo melhorasse e permitisse uma investida às montanhas da parte alta do Parque Nacional de Itatiaia, o que, infelizmente, não ocorreu. 

Ainda assim, valeu por termos revisto amigos queridos e investido o tempo em longas e agradáveis conversas sobre temas filosóficos e existenciais. Bom demais!







Sujou um pouquinho...!







Obs:


  • Meu muito obrigado ao Flammarion pela parceria na prova e apoio durante a viagem.

  • O Troller mais uma vez provou sua 'bravura' e eficiência, tanto on quanto off road. Entre saída e chegada em casa, foram pouco mais de 2 mil km rodados sem alteração. Completando nos próximos dias três anos de amigável 'convivência', deixo aqui minha reverência a essa bela máquina!










Gratidão





Força Sempre