Remada em caiaque oceânico no litoral do Paraná
dia1: Paranaguá a Ilha Rasa (Ponta do Lanço)
dia 2: Ilha Rasa > Tagaçaba > Guaraqueçaba
dia 3: Guaraqueçaba > Vila da Ilha Rasa > Guaraqueçaba
85 km, 3 dias
*em parceria com Newton Adriano Weber (Caratuva)
Nessa remada tive novamente a parceria do amigo Caratuva, que prontamente se dispôs a me acompanhar na empreitada. Bolamos um roteiro pra fazer em três dias, explorando alguns pontos que ainda não conhecia na região, mas com foco mesmo em apenas remar e curtir o cenário.
No primeiro dia saímos de Paranaguá e fomos até a comunidade de Ponta do Lanço, no lado norte da Ilha Rasa. Pernoitamos acampados em barracas, no quintal da casa de um morador local, o Nininho (que também tem quartos pra alugar em sua casa).
No final dessa tarde pudemos apreciar por lá a revoada dos papagaios de cara roxa, que, aos pares, retornavam pra dormir nos seus ninhos. Bonito espetáculo da natureza (infelizmente bem difícil de registrar em fotos).
No segundo dia, após observar mais uma vez a revoada dos papagaios (agora saindo pra passar o dia buscando alimentos nas matas da região), remamos até o vilarejo de Tagaçaba, onde tivemos um excelente almoço à base de peixe na conhecida Palhoça do Marinho. Na sequência rumamos para Guaraqueçaba, onde chegamos já no comecinho da noite, curtindo um lindo visual do final de tarde ensolarado e uma relaxante sensação de cansaço físico. Atendendo a convite, dormi na casa do Caratuva nessa noite.
No terceiro dia fizemos uma remada mais tranquila até a Vila da Ilha Rasa, de onde saímos pra fazer uma caminhada atravessando a Ilha até a comunidade de Mariana, através de uma trilha em meio à vegetação nativa. No final da tarde retornamos a Guaraqueçaba, novamente apreciando um exuberante pôr do sol, com um belo dégradé de cores se expondo no céu.
Destaque nesses três dias de remada para o tempo seco e extremamente quente, o que tem o lado bom de ter proporcionado lindos visuais, e o lado difícil do calor desconfortável e abafado praticamente o tempo todo. Como sabemos, assim é a natureza... Condições totalmente ideais de visual, temperatura e conforto geral são extremamente raras, o que sempre demanda um certo esforço de adaptação e resiliência, o que também faz parte da brincadeira, afinal.
Ponto alto também para a remada em si, atividade que sempre nos leva de forma fantástica a esse outro mundo de sensações e de experiências, que é o mundo das águas. Passar horas nesse movimento ritmado e repetitivo, no balanço fluido das águas, com esse enorme céu por cima da cabeça e horizontes amplos e distantes é uma verdadeira forma de conexão com a essência da vida, difícil de explicar em palavras. É uma eficiente forma de meditação e de nos lembrar que tudo na vida é, afinal, pouco importante.
Meu muito obrigado ao amigo Newton (Caratuva) pela amizade, companheirismo e paciência em me acompanhar. Temos aí mais algumas belas memórias colecionadas no nosso arquivo mental. Obrigado também à Andréa, esposa do Newton, que gentilmente me recebeu na casas deles por duas noites, e por todo o apoio e boa conversa. Valeu demais!
E aí, vamos juntos?
P.S:
* Remei, nessa viagem, o caiaque Kayapó, alugado do Newton (pra facilitar a logística geral).
* O Newton atua como guia de canoagem, trekking e passeios ciclísticos em Guaraqueçaba e região. É o cara certo pra ter como companhia em qualquer um desses temas. Contato dele no instagram: @vivaguaraoutdoor
Paranaguá a Ilha Rasa (comunidade de Ponta do Lanço)
27,35 km
Ilha Rasa (comunidade de Ponta do Lanço) > Tagaçaba > Guaraqueçaba
36,69 km
