Tiger 900 Rally Pro

Tiger 900 Rally Pro
Tiger 900 Rally Pro

terça-feira, 27 de setembro de 2022

Caminhadas na região rural de Sapopema - PR, 16 a 19 de Setembro de 2022

 




Contemplação da natureza em Sapopema


*em parceria com:
Andréa Santana
Geisa Nascimento
Luciana Nonino e
Newton Adriano Weber








Essa viagem aconteceu por conta do convite da amiga Luciana Nonino, de Londrina, aos amigos Newton e Andréa (e deles pra mim), pra conhecer um pouco da região rural do município de Sapopema, no interior do Paraná (a 310 km de Curitiba).

O Newton, a Andréa e eu saímos de Curitiba de carro na sexta-feira pela manhã, vindos de uma longa sequência de dias nublados, frios e chuvosos por essas bandas (quase sem lembrar mais como era um céu azul... rsrs). 

No começo da tarde chegamos às paragens do nosso destino e fomos direto a um lugar recomendado pela Luciana, o Salto das Orquídeas, que nos surpreendeu enormemente pela grandeza e beleza do cenário que lá encontramos. Uma sequência de corredeiras, cachoeiras, paredões escarpados e uma pulsante mata em volta. Tudo isso, aliado a uma bela luz de meia tarde, o velho e bom céu azul e ninguém por perto proporcionou uma experiência realmente muito envolvente pra gente. Como diríamos várias vezes nos dias seguintes (em tom de brincadeira, mas de verdade): "o lugar não nos prometeu nada e entregou muito."

Passamos a tarde caminhando nas várias trilhas, sem nenhuma pressa, observando a paisagem, os sons, os cheiros, o ar, a água correndo, o cantar dos pássaros, e assim nem vimos o tempo passar. 

No começo da noite dirigimo-nos à casa onde havíamos combinado de nos encontrar, numa localidade rural da região. A Luciana e a Geisa, amiga dela, chegaram por volta das nove da noite, e assim nosso time ficou completo.

O nosso próximo programa, proposto pela Luciana, era ver o nascer do sol no alto do Pico Agudo, uma elevação dominante naquela geografia. Pra isso acordamos às três e meia da madrugada seguinte e às quinze pras cinco estávamos iniciando a trilha no sopé da montanha. Uma hora de caminhada morro acima, no escuro, serviu pra espantar um pouco o frio intenso que fazia e pra colocar cada um de nós em um estado bom de introspecção e integração com a energia do lugar. 

Alcançado o cume, encontramos algumas pessoas que já estavam lá com a mesma intenção que a nossa. Selecionamos um cantinho e posicionamo-nos para assistir ao raiar do dia, com muito frio e vento. Aos poucos o horizonte coloriu-se de alaranjado e logo o sol despontou no horizonte, em meio a algumas nuvens e a um intenso nevoeiro, que ofuscaram um pouco o espetáculo visual. A sensação de estar num lugar como aquele, naquela hora, no entanto, foi totalmente válida e nos encheu de uma alegria difícil de descrever, porque sem muita razão lógica.

Por volta das sete horas iniciamos a descida, agora podendo enxergar o tipo de vegetação e a paisagem ao redor. No caminho passamos por muitos limoeiros e aproveitamos pra colher algumas sacolas do ácido fruto. 

Na sequência fomos visitar uma cachoeira localizada num sítio próximo. Ficamos por lá um tempo e em seguida achamos um cantinho ao lado, rio abaixo, onde demos uma bela lagarteada ao sol, ouvindo o marulhar das águas, o cantar dos pássaros e apreciando um lindo céu perfeitamente azul por cima de tudo. 

Já no começo da tarde demos mais umas voltas (de carro) pelas redondezas, conhecendo algumas pousadas e lindas paisagens rurais. 

Retornamos à casa onde estávamos hospedados já quase no final da tarde, a tempo de ver com a luz do dia o belo lugar onde ela se situava, em meio a dois açudes, com um amplo quintal e total quietude em volta. Uma verdadeira preciosidade. 

À noitinha o pessoal ainda inventou de fazer um churrasquinho pra repor as energias gastas e confraternizarmo-nos, o que, diga-se, foi uma excelente ideia, tendo em vista que ao longo do dia havíamos nos alimentado apenas de lanches rápidos. 

No domingo acordamos num horário mais normal, por volta das sete horas, e depois do desjejum saímos para uma caminhada em direção ao alto, seguindo uma estradinha de terra, com a intenção de visitar alguns mirantes no caminho. 

O dia estava incrivelmente perfeito para uma caminhada pelos campos: sol, céu azul e um friozinho agradável. Andamos o dia inteiro, totalizando, entre ida e volta, 21 km de percurso, com muitas paradas pra contemplação da paisagem, observação dos detalhes, muita conversa e alto astral. Passamos por belos mirantes, uma pousada bem rústica escondida no meio do nada e até uma plantação de morangos, onde colhemos vários deles direto da horta, em interação direta com os produtores. 

No começo da noite a Luciana e a Geisa retornaram para sua cidade, e o Newton, a Andréa e eu ficamos pra retornar no dia seguinte, tendo em vista a viagem um pouco mais longa. 

Na segunda-feira então voltamos a Curitiba e ao seu típico céu cinzento e chuvinha fina, o que quase nos fez duvidar se o que vivenciamos no recente final de semana no interior tinha sido mesmo real, tamanha a diferença de cenários. 

No final das contas nossa viagenzinha despretensiosa até que rendeu mesmo muito mais do que podíamos esperar ou imaginar, o que comprova que a beleza da natureza e paisagens idílicas vão muito além de lugares famosos e super conhecidos. Basta ter disposição (e condições) de andar por aí com o coração e olhos abertos e despertos (e contar também, é lógico, com uma ajudinha de boas condições meteorológicas, de preferência).

Essa voltinha serviu também como uma espécie de reconhecimento de inúmeras outras possibilidades de passeios e outros formatos de explorar a região, que, espero, possam ser implementadas oportunamente. 

Valeu! Bom demais.





Observaçõs:


  • Meus mais sinceros agradecimentos aos parceiros dessa viagem: Luciana, Geisa, Andréa e Newton, pela companhia, disposição e espírito de equipe; e em particular à Luciana, pelo convite, dicas, logística de hospedagem e alimentação e todos os demais preparativos. Que possamos retomar essa composição para outras viagens em breve. Valeu!

  • Detalhe do trabalho de fotografia e filmagem da viagem: de volta em casa, fui descarregar as imagens das câmeras no computador e descobri que simplesmente havia esquecido de colocar o cartão de memória no drone! Um equívoco lamentável. As imagens que consegui salvar dos voos feitos foram as que foram armazenadas na memória interna da aeronave, mas de qualidade muito inferior às que teriam sido registradas pelo cartão de memória. Enfim, mais um aprendizado pra conta. 




1º  dia: Salto das Orquídeas



Andréa e Newton









































































































































































































































2º dia: Pico Agudo e cachoeiras










































Newton, Andréa, Geisa e Luciana







































































































A casa em que ficamos hospedados, alugada de um morador local






























































3º dia: Caminhada de 21 km






























































































































































































Assista, no link abaixo, a um pequeno vídeo da viagem:


Clique aqui







4º dia: retorno pra Curitiba


































Pouco antes de chegarmos a Curitiba, na altura mais ou menos de São Luiz do Purunã, o Newton propôs que fizéssemos uma volta por umas estradinhas de terra da região, que ele conhecia dos treinos de bike de outrora. Assim, fizemos um passeios off road bem bacana, de cerca de 70 km, passando por alguns pontos pitorescos no caminho.






Vista do alto da serra de São Luiz do Purunã





Cristo Redentor no alto da serra, em um local abandonado e vandalizado










Linha férrea na ponte dos arcos










Capela Nossa Senhora da Conceição do Tamanduá, 
construída em 1.730, em Balsa Nova






***   ***   ***





No período dessa viagem a Mari esteve apresentando sua exposição "Origem" na sala de exposição da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, entre os dias 12 e 21 de Setembro. 

Esse evento foi o coroamento público de sua metodologia circular, tema de sua tese de doutorado na Universidade Autônoma de Assunción, no Paraguai, concluído em 2019. 

Fica aqui minha pequena homenagem e os meus parabéns a esse belo trabalho.












***   ***   ***









Gratidão 



Força Sempre