Breve resenha do livro
"Breves
respostas para grandes questões"
De Stephen Hawking
(Editora Intrínseca, 2018)
* Convite à reflexão *
* Convite à reflexão *
É
interessante como vivemos quase todo o nosso tempo sob a demanda dos afazeres
do cotidiano e das preocupações com nossos interesses imediatos, nosso
trabalho, aquele projeto que sonhamos implementar um dia, as contas a pagar,
etc. E raramente nos permitimos parar um pouco pra pensar no que está além de
tudo isso.
Descobri o livro “Breves respostas para
grandes questões” ao acaso, em uma dessas visitas casuais a uma livraria. Os
temas propostos eram realmente bem instigantes, bem como o seu autor, o
renomado físico britânico Stephen Hawking, de quem já havia lido alguma coisa
muito tempo atrás. Mais tarde verifiquei que a obra estava inclusive nessas
listas dos mais vendidos.
Stephen Hawking (1942-2018) é considerado
um dos mais respeitados físicos teóricos de todos os tempos. Dedicou sua vida
ao estudo da cosmologia e dos princípios científicos que explicam a vida. Foi
acometido por uma doença degenerativa quando ainda era adolescente e ao longo
das décadas foi sofrendo com a paralisia gradual de suas funções motoras, até
ficar completamente imobilizado em uma cadeira de rodas. Condição essa que não
o impediu, no entanto, de continuar seus estudos, desenvolver diversas teorias
e conquistar inúmeros prêmios na área da ciência.
Mais recentemente ganhou notoriedade
popular ao ser representado como protagonista do filme “A teoria de tudo”, que é
ao mesmo tempo uma biografia de sua vida pessoal e de parte de seu trabalho
científico.
Talvez um dos motivos pelos quais não
nos dediquemos mais a esses assuntos aqui tratados como “grandes questões” seja
porque desconfiemos que, no final das contas, são temas que estão definitivamente
além do nosso entendimento, e que, por mais que nos esforcemos, não será
possível chegar a respostas conclusivas.
Sim, isso pode ser verdade. Mas talvez mais importante do que as respostas, sejam as perguntas em si, e as reflexões daí advindas. É bem provável que não cheguemos nunca a uma resposta final, mas o caminho a ser percorrido na busca certamente vale a pena por si mesmo.
Sim, isso pode ser verdade. Mas talvez mais importante do que as respostas, sejam as perguntas em si, e as reflexões daí advindas. É bem provável que não cheguemos nunca a uma resposta final, mas o caminho a ser percorrido na busca certamente vale a pena por si mesmo.
Acho curioso observar como existem
pontos de vista diversos e aparentemente conflitantes sobre alguns dos temas
tratados nesta obra. Em particular, a forte influência do aspecto religioso em
algumas questões.
Sempre me chamou a atenção como
certas pessoas defendem pontos de vista pessoais sobre temas metafísicos com
convicção irredutível. Só posso entender isso como uma grande confusão (ainda
que ingênua) entre opinião pessoal, fé, conhecimento científico (ou a falta
dele) e, talvez, uma miríade de fantasias ancestrais misturadas ao imaginário
de possíveis cenários para um mundo que vai muito, mas muito além da nossa
melhor aposta.
Neste breve resumo, vou elencar, a seguir, as “grandes questões” destacadas no livro, transcrevendo alguns trechos
de cada capítulo, apenas a título de ilustração de cada pergunta abordada.
Vale lembrar, embora evidente, que não
compartilho integralmente dos conceitos, conhecimentos e pontos de vista do autor,
cuja visão de mundo é estritamente científica. Pessoalmente, acho que temos
ligações e razões que vão muito além disso.
Fica aqui o convite aos amigos
(eventuais leitores desta postagem) para uma conversa a esse respeito ao redor
de uma fogueira, num lugar distante e isolado, ou mesmo tomando um chá, sentado
à mesa da cozinha de casa.
Vamos?
1. Deus
existe?
“Meu trabalho é encontrar uma
estrutura racional para compreender o universo que nos cerca.” (pág 50)
“(...) há certas leis que sempre são
obedecidas. Se preferir, pode dizer que as leis são obra divina, mas isso é
antes uma definição de deus do que uma prova de sua existência.” (pág 50)
“O universo é uma máquina governada
por princípios ou leis – leis essa que podem ser compreendidas pela mente
humana.” (pág 51)
“Poderíamos definir deus como a
encarnação das leis da natureza. Porém não é assim que a maioria pensa. As
pessoas se referem a uma criatura semelhante ao ser humano, com a qual podem se
relacionar. Quando observamos a vastidão do universo, e como a vida humana é insignificante
e acidental, parece muito implausível.”
“Não pretendo dizer a ninguém no que
acreditar, mas para mim perguntar se deus existe é uma questão válida para a
ciência. Afinal, é difícil pensar em um mistério mais importante ou
fundamental: o que (ou quem) criou e controla o universo? Sou da opinião de que
o universo foi criado espontaneamente , do nada, segundo as leis da ciência.” (pág
52)
“Apesar da complexidade e variedade
do universo, percebe-se que, para criar um, precisamos de apenas três ingredientes:
(...) matéria, energia e espaço.” (pág 53)
“No momento do Big Bang um universo
inteiro passou a existir e, com ele, o espaço. Tudo inchou, como uma bexiga
sendo soprada. Então de onde vem toda essa energia e espaço? Como pode um
universo inteiro repleto de energia, da espantosa vastidão do espaço e de tudo
que há nele simplesmente surgir do nada?” (pág 54)
“O universo é uma enorme bateria
armazenando energia negativa. O lado positivo das coisas – a massa e a energia
que vemos hoje em dia – é como a colina. O buraco correspondente, ou a porção
negativa das coisas, esparra-se por todo o espaço.” (pág 56)
“O que isso significa em nossa busca
por descobrir se existe um deus? Se o universo resulta em nada, não é preciso
alguém para criá-lo. O universo é o supremo almoço grátis.” (pág 56)
“Mas é claro que a questão crítica
volta a surgir: deus criou as leis quânticas que permitiram a ocorrência do Big
Bang? “ (pág 57)
“As leis da natureza nos dizem que
não só o universo pode ter surgido sem ajuda, como um próton, e não ter exigido
nada em termos de energia, como também é possível que nada tenha causado o Big
Bang. Nada.” (pág 58)
“Algo incrivelmente maravilhoso
aconteceu com o tempo no instante do Big Bang. O próprio tempo começou.” (pág
58)
“Um buraco negro típico é uma
estrela tão massiva que entrou em colapso. (...) Dentro do buraco negro o
próprio tempo não existe. E foi exatamente isso que aconteceu no nascimento do
universo.” (pág 59)
“Acredito que o papel desempenhado
pelo tempo no começo do universo é a chave final para eliminar a necessidade de
um grande projetista e revelar como o universo criou a si mesmo.” (pág 59)
“Não podemos voltar a um tempo
anterior ao Big Bang porque não havia tempo antes do Big Bang. (...) Para mim,
isso significa que não existe a possibilidade de um criador, porque ainda não
existia o tempo para que nele houvesse um criador.” (pág 61)
“Quando me perguntam se um deus
criou o universo, digo que a pergunta em si não faz sentido. O tempo não existia
antes do Big Bang, assim não existe tempo no qual deus produziu o universo.”
(pág 61)
“Se eu tenho fé? Cada um é livre
para acreditar no que quiser. Na minha opinião, a explicação mais simples é que
deus não existe. Ninguém criou o
universo e ninguém governa nosso destino. Isso me levou a perceber uma
implicação profunda: provavelmente não há céu nem um além-túmulo. Acho que
acreditar na vida após a morte não passa de ilusão. (...) Acho que, quando
morremos, voltamos ao pó.” (pág 61)
2. Como
tudo começou?
“O universo é de fato infinito ou
apenas muito grande? Ele teve um início? Vai durar para sempre ou apenas por
muito tempo? Como nossas mentes finitas podem compreender um universo infinito?”
(pág 65)
“Até onde podemos afirmar, o
universo continua pelo espaço indefinidamente e é basicamente igual, por mais
que se estenda.” (pág 68)
“O universo está se expandindo. As
galáxias estão se afastando umas das outras.” (pág 70)
“(...) o universo começou em um Big
Bang, um momento em que foi comprimido a um único ponto de densidade infinita,
uma singularidade do espaço-tempo. A essa altura, a teoria da relatividade geral
de Einstein teria deixado de vigorar. Assim não podemos usá-la para deduzir de que
maneira o universo começou. A origem do universo aparentemente fica fora do
escopo da ciência.” (pág 74)
“Einstein repudiou veementemente a
ideia de que o universo é governado pelo acaso. Seu ponto de vista ficou
sintetizado na máxima: “Deus não joga dados “. Mas toda evidência aponta o
contrário: deus é um tremendo apostador. O universo é como um cassino gigante
com os dados rolando ou a roleta girando a todo momento.” (pág 75)
“Assim, o mero fato de existirmos
como seres capazes de perguntar “por que o universo é do jeito que é?” é uma
restrição à história na qual vivemos. Implica ser uma dentre a minoria de
histórias que contém galáxias e estrelas. Esse é um exemplo do que chamamos de
princípio antrópico. O princípio antrópico diz que o universo tem que ser mais
ou menos como o vemos porque, se fosse diferente, não haveria ninguém para
observa-lo.” (pág 79)
“O que veio antes do Big Bang?
Segundo a proposição sem-contorno, peguntar o que veio antes do Big Bang não
faz sentido – é como perguntar o que há ao sul do Pólo sul -, pois não existe
um conceito de tempo disponível para ser empregado. A ideia de tempo só existe
dentro do nosso universo.” (pág 82)
“Somos o produto de flutuações
quânticas em um eniverso muito primitivo. Deus joga dados, afinal.” (pág 84)
“Assim, pode muito bem haver outros
universos, mas infelizmente nunca seremos capazes de explora-los.” (pág 86)
“Se a densidade do universo fica
abaixo do valor crítico, a gravidade é fraca demais para impedir as galáxias de
se afastarem pela eternidade. Todas as estrelas queimarão seu combustível e o
universo vai ficar cada vez mais vazio e frio. Então as coisas chegarão ao fim
aqui também, mas de maneira menos dramática.” (pág 87)
3. Existe
outra vida inteligente no universo?
“Sabemos por experiência que as
coisas ficam mais desordenadas e caóticas com o tempo. (...) a quantidade total
de desordem – ou entropia – no universo sempre aumenta com o tempo.” (pág 91)
“Estamos entrando em uma nova fase
que pode ser chamada de evolução autoprojetada, em que seremos capazes de mudar
e melhorar nosso DNA.” (pag 104)
“Quando o super-humano surgir haverá
problemas políticos graves com os humanos não aprimorados, que serão incapazes
de competir. Presumivelmente acabarão morrendo ou se tornando irrelevantes. No lugar
deles estará uma raça de seres autoprojetados se aperfeiçoando a uma taxa cada
vez mais acelerada.” (pág 105)
“Se a raça humana conseguir se redesenhar
para diminuir ou eliminar o risco da autodestruição, ela provavelmente se
espalhará e colonizará outros planetas e estrelas.” (pág 105)
“É mais provável que a evolução seja
um processo aleatório, com a inteligência sendo apenas um dentre uma quantidade
imensa de resultados possíveis. Sequer está claro o valor da inteligência para
a sobrevivência a longo prazo.” (pág 107)
“(...) poderíamos esperar encontrar
muitas outras formas de vida na galáxia, mas seria improvável encontrar vida
inteligente.”
4. Podemos
prever o futuro?
“Isso levou à ideia do determinismo
científico, que parece ter sido elaborada pelo cientista francês Pierre-Simon
Laplace. (...) Ele afirmou que , se em dado momento conhecêssemos as posições e
velocidades de todas as partículas do universo, seríamos capazes de calcular
seu comportamento a qualquer outro momento no passado ou no futuro.” (pág 114)
“Disso se infere que podemos prever
o futuro, ao menos em princípio. Na prática, porém, nossa capacidade de
previsão fica limitada pela complexidade das equações e de uma propriedade
chamada caos.” (pág 114)
“(...) a visão de Laplace – de uma
completa previsão do futuro – não pode se concretizar.” (pág 115)
5. O
que há dentro de um buraco negro?
“Às vezes dizemos que os fatos são
mais estranhos do que a ficção, e em nenhum outro lugar isso é mais verdadeiro
do que em um buraco negro. Eles são mais estranhos do que qualquer coisa imaginada
por escritores de ficção científica, mas estão firmemente estabelecidos como um
fato científico.” (pág 125)
“O buraco negro é uma região onde a
gravidade é tão forte que a luz não consegue escapar.” (pág 129)
“Segundo algumas teorias, o universo
em que vivemos é apenas uma superfície quadridimensional em um espaço de dez ou
onze dimensões.” (pág 140)
6. A
viagem no tempo é possível?
“ (...) a questão da viagem no tempo
passa pela possibilidade de um dia sermos capazes de distorcer o espaço-tempo
de modo que consigamos realizar esse feito.” (pág 157)
“A única maneira de ir de um lado a
outro da galáxia em um tempo razoável, aparentemente seria se pudéssemos dobrar
o espço-tempo de tal forma que criássemos um pequeno tubo ou um buraco de
minhoca.” (pág 158)
“Assim parece que, à medida que
avançamos na ciência e na tecnologia, talvez sejamos capazes de construir um
buraco de minhoca ou dobrar o espaço e o tempo de alguma outra maneira que nos
permita viajar ao passado.” (pág 161)
“Concluindo, a viagem espacial
rápida e a viagem no tempo não podem ser descartadas segundo nosso atual
entendimento.” (pág 166)
7. Sobreviveremos
na Terra?
“A Terra sofre ameaças em tantas
frentes que é difícil permanecer otimista. Os perigos são grandes e numerosos
demais.” (pág 173)
“O universo é um lugar violento.
(...) Uma colisão de asteroides seria algo contra o qual não temos defesa. A
última grande colisão desse tipo ocorreu há cerca de 66 milhões de anos (...) e
vai acontecer de novo. Não é ficção científica; é uma certeza proporcionada
pelas leis da física e da probabilidade.” (pág 175)
“Seja como for, vejo como quase
inevitável que um confronto nuclear ou uma catástrofe ambiental dilacere a
Terra em algum momento nos próximos mil anos, o que em termos de tempo
geológico é um piscar de olhos. Quando acontecer tenho esperança e fé de que
nossa engenhosa raça terá encontrado uma maneira de escapar dos sombrios
grilhões do planeta e, desse modo, sobreviver ao desastre.” (pág 176)
“A tecnologia está quase ao nosso
alcance. É hora de explorar outros sistemas solares. Espalharmo-nos pode ser a
única coisa que nos salvará de nós mesmos. Estou convencido de que os humanos
precisam deixar a Terra.” (pág 177)
“Houve relativamente pouca mudança
no DNA humano nos últimos 10 mil anos, mas é provável que sejamos capazes de
reformulá-lo completamente ao longo de um milênio. (...) alguém vai projetar
humanos aperfeiçoados em algum lugar.” (pág 184)
“(...) a raça humana precisa
melhorar suas qualidades mentais e físicas se pretende lidar com o mundo cada
vez mais complexo em que vivemos (...)” (pág 186)
“Creio que nossa atual ordem mundial
tenha futuro, mas ele será bem diferente.” (pág 187)
8. Deveríamos
colonizar o espaço?
“Por que ir ao espaço? (...) a
resposta óbvia é: porque o espaço está aí, à nossa volta. Confinar-se ao
planeta equivaleria a ser como náufragos que não tentam escapar de sua ilha
deserta.” (pág 191)
“Nossa conquista do espaço terá
consequências ainda maiores. Ela mudará completamente o futuro da raça humana
e, quem sabe, determinará se temos de fato um futuro.” (pág 191)
“A Lua e Marte são, portanto, os
locais mais adequados para colônias espaciais no sistema solar.” (pág 197)
“A raça humana existe como espécie
há cerca de 2 milhões de anos. A civilização começou há cerca de 10 mil anos e
o ritmo do desenvolvimento tem crescido constantemente. Se a humanidade quer
continuar a existir daqui a 1 milhão de anos, nosso futuro consiste em ir aonde
ninguém jamais esteve.” (pág 205)
9. A
inteligência artificial vai nos superar?
“Disso se depreende que computadores
podem, em princípio, emular a inteligência humana, ou até melhorá-la.” (pág
210)
“Quando uma inteligência artificial (IA)
se tornar melhor do que os humanos em projetar IA, conseguindo se autoaperfeiçoar
de forma recorrente sem ajuda humana, talvez enfrentemos um boom que resulte em
máquinas cuja inteligência excederá a nossa em proporção maior do que a nossa
excede a das lesmas.” (pág 210)
“É tentador menosprezar a ideia de
máquinas superinteligentes como mera ficção científica, mas seria um erro e,
possivelmente, nosso pior erro de todos.” (pág 210)
“O sucesso na criação de IA seria o
maior acontecimento da história humana. Infelizmente, também pode ser o último,
a menos que aprendamos a prevenir os riscos.” (pág 211)
“(...) não vejo com bons olhos a
criação de algo capaz de se igualar a nós ou nos superar. Minha preocupação é
que a IA assuma o controle e reformule seu próprio design a um ritmo cada vez
mais acelerado. Os humanos, limitados pela lenta evolução biológica, não
conseguiriam competir e seriam substituídos.” (pág 212)
“A médio prazo, a IA pode
automatizar o emprego, trazendo grande prosperidade e igualdade. Se olharmos um
pouco mais adiante, não há limites para o que pode ser alcançado.” (pág 213)
“Em resumo, o advento da IA superinteligente
seria a melhor ou a pior coisa para a humanidade. O verdadeiro risco da IA não
sua maldade, mas sua competência.” (pág 213)
“Se uma civilização alienígena superior
nos enviasse uma mensagem dizendo “vamos chegar daqui a algumas décadas”, será
que responderíamos “ok, avisem quando chegar, deixaremos a luz acesa”? Provavelmente
não, mas isso está acontecendo com a IA.” (pág 214)
“Quando eu era mais jovem, a
evolução da tecnologia apontava para um futuro em que todo mundo desfrutaria de
maior tempo de lazer. Só que, quanto maior nossa capacidade de produção, mais
ocupados nos tornamos.” (pág 217)
“Acredito que o futuro da
comunicação são as interfaces cérebro/computador.” (pág 219)
“Os computadores quânticos mudarão
tudo, até a biologia humana.” (pág 219)
“Estamos às portas de um mundo novo.”
(pág 221)
“Nosso futuro é uma corrida entre o
potencial de crescimento da tecnologia e nossa sabedoria ao usá-la.” (pág 221)
10. Como moldaremos o futuro?
“Einstein tinha a capacidade de
enxergar além da superfície para revelar a estrutura subjacente. Ele não se
deixava esmorecer pelo senso comum, a ideia de que as coisas devem ser como
parecem.” (pág 225)
“Um elemento crucial para Einstein
era a imaginação.” (pág 225)
“(...) toda mente necessita de uma
fagulha para atingir seu pleno potencial. A centelha da curiosidade e da
dúvida.” (pág 227)
“A base para o futuro da educação
deve residir em escolas e professores inspiradores.” (pág 228)
“(...) o que está reservado aos
jovens de hoje? Posso dizer com confiança que serão mais dependentes da ciência
e da tecnologia do que qualquer geração anterior.” (pág 229)
“Existe um escopo imenso para
inovação em todos os domínios da vida. Isso é empolgante.” (pág 229)
“As maiores questões da existência
continuam sem resposta: como a vida começou na Terra? O que é consciência? Há
alguém lá fora ou estamos sozinhos no universo?” (pág 230)
“Do modo como vejo, há duas opções
para o futuro da humanidade. Primeiro: a exploração do espaço para encontrar
planetas alternativos onde viver. Segundo: o uso positivo da inteligência artificial
para melhorar nosso mundo.” (pág 230)
“Mais uma razão para considerar a
colonização de outro planeta é a possibilidade de uma guerra nuclear. Uma
teoria diz que o motivo de ainda não termos sido contatados por extraterrestres
é que, ao atingir um estágio de desenvolvimento como o nosso, a civilização se
torna instável e se autodestrói.” (pág 230)
“Não temos como saber se seremos
auxiliados infinitamente ou ignorados pela IA – ou talvez destruídos por ela.”
(pág 231)
“(...) nosso futuro será igualmente
transformador de maneiras que mal começamos a conceber. A informação por si só
não nos levará até lá, mas seu emprego inteligente e criativo, sim.” (pág 233)
“Defendo que todos os jovens
deveriam estar familiarizados e à vontade com os temas da ciência,
independentemente da carreira que seguirem.” (pág 234)
“Sou otimista de que acabaremos
criando habitats viáveis para nós em outros planetas. Vamos transcender a Terra
e aprender a existir lá fora.” (pág 236)
“Assim, lembre-se de olhar para as
estrelas, não para os próprios pés. Tente compreender o que vê e questione o
que faz o universo existir. Seja curioso. E por mais que a vida pareça difícil,
sempre há algo que você pode e consegue fazer. Nunca desista. Deixe a
imaginação correr solta. Molde o futuro.” (pág 236)
*** *** ***
E então, o que você pensar sobre esses temas?