Tiger 900 Rally Pro

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domingo, 24 de abril de 2016

Passeio com o Troller na Estrada da Limeira, entre Morretes-PR e Garuva-SC - 23 Abr 16






     Belo sábado de sol na região... Resolvi colocar o Troller na estrada e apreciar suas destacadas virtudes, além de buscar também apreciar as paisagens do caminho e exercitar um pouquinho a arte da fotografia.

     Saindo de Curitiba, desci a Serra do Mar pela BR 277, o que já um trecho de estrada extremamente bonito e inspirador. Um pouco depois da entrada de Morretes fica o início da Estrada da Limeira, uma estradinha de terra de cerca de 67 km que vai beirando a Serra do Mar em direção ao sul, até a cidadezinha catarinense de Garuva. De lá peguei a BR 376 e segui de volta a Curitiba. No total 220 km (bem) rodados.

     É um belo cenário pra admirar uma natureza exuberante e sentir aquele gostinho dos lugares isolados e interioranos. Ao longo do caminho encontram-se alguns sítios aqui e ali e mais para o lado de Garuva extensas plantações de banana e outras propriedades agrícolas.

     Dirigir o Troller por esse cenário é pura diversão. É verdade que o carro é pequeno, tem acabamento espartano, não tem porta-malas e blá-blá-blá... Mas em compensação...























































































     O único "problema" é que um passeio assim acaba sendo quase chato de tão elementar [risos]. 

     A estradinha é também um belo trecho pra fazer de bike, numa outra vibe... 


     Gracias.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Remada (caiaque) na represa Cayguava, em Piraquara-PR - 22 Abr 16





     Bela remada com o Kayapó na represa Cayguava, na região rural de Piraquara, a cerca de 50 km de Curitiba, em parceria com o amigo Wilson Rulka.

     Local muito bonito, silencioso e isolado. Remamos por cerca de quatro horas (20 km), sem nenhuma pressa, no mais autêntico estilo contemplativo. 

     Como sempre, fico impressionado com a capacidade do caiaque em nos levar a lugares e situações inusitadas, e nos proporcionar momentos tão belos e introspectivos.

















































3ª etapa do Campeonato Metropolitano de Mountain Bike, em Morretes-PR - 17 Abr 16





     Essas provinhas de Mountain Bike são verdadeiramente desafiantes! Como diz aquele ditado: "não tem dia fácil!".

     Essa etapa de Morretes do Campeonato Metropolitano foi marcada pelo calor intenso, pelo percurso tecnicamente um tanto difícil e pela intensa participação da galera: desta vez, cerca de 1.100 inscritos (nas diversas categorias oferecidas).

     Participei na categoria PRO (percurso completo) - 45 km. A primeira metade da prova foi rápida e nervosa, devido ao tráfego intenso de ciclistas na trilha (muitos das categorias mais curtas e mais rápidas). A partir do km 22, aproximadamente, houve a separação dos percursos mais curtos e do longo, e logo em seguida começaram as subidas mais fortes.

     Vários trechos beiravam o limite do pedalável. A grande maioria partiu para o "empurra-bike", sob um sol de 38º C. Nas descidas que vieram na sequência o problema foi outro: inclinação acentuadíssima temperada com pedras soltas, valas e aquela traiçoeira combinação de luz e sombra - ou seja, uma verdadeira armadilha. Cruzei com uns quatro ou cinco colegas de prova estatelados no chão, contorcendo-se entre escoriações e gemidos alarmantes! 

     Fica aquela sensação espetacular de sentir nitidamente essa overdose de adrenalina e outros "nutrientes" que tão bem fazem à alma e que deixam o corpo meio anestesiado por algumas horas (e meio de "ressaca" nos dias seguintes...).

     Ritmo de prova definitivamente é diferente até mesmo dos melhores treinos. Muito bom passar por essa instabilidade de vez em quando.



Distância percorrida: 45 km
Tempo: 2h 19min
Velocidade média: 19,4 km/h
Ganho de altitude: 580 m
Classificação na categoria Master 45-49 anos: 9º/18











































domingo, 10 de abril de 2016

Viagem de bicicleta na região de Diamantina-MG, 28 a 30 Mar 2016






Investida nas terras do "Acaba Mundo"

Três dias de pedal nos arredores da Estrada Real, em parceria com Alexandre Manzan

(mais um capítulo da série: "ai meu deus!")


Na tarde do domingo, 27 de março, chegava a Diamantina-MG, atendendo a um convite do Alexandre Manzan, para uma viagem de bike de cerca de seis dias pela região.

“Deve ser uma viagem meio travada. Venha com a cabeça aberta” - ele me alertara alguns dias antes, via e-mail.

Diamantina é uma das famosas cidades históricas de Minas, localizada na extremidade norte da chamada Estrada Real, uma sequencia de estradinhas de terra que se estende dali até Parati, no Rio, com algumas ramificações pelo caminho, e que ganhou contornos turísticos como consequência de um projeto de resgate do valor histórico dessa região, fortemente atrelada ao período da realeza portuguesa por essas bandas.




Encontrei o Manzan na pousada em que havíamos combinado e logo engrenamos uma animada conversa sobre como seria o percurso, o que levar, qual a previsão do tempo, etc. Em seguida fui retirar a bike do carro, a fim de monta-la e fazer os últimos ajustes no equipamento. Quando coloquei a mão no quadro tive uma súbita sensação estranha, como se houvesse algo errado. Alguns segundos depois percebi o motivo: não me lembrava onde havia colocado o eixo da roda dianteira. “Ok, não me lembro onde o coloquei, mas deve estar em algum lugar por aqui...” – pensei.

Mas não estava. Procurei por todo canto, mas não encontrei. Pra tirar a dúvida, liguei pra casa e perguntei à Mari se por acaso a tal peça não estava por lá, na área de serviço, onde havia desmontado a bicicleta. Positivo! Havia esquecido o eixo em casa! Dois problemas: achar uma peça idêntica numa cidade desconhecida num domingo à tarde e digerir psicologicamente o erro básico de esquecer algo tão fundamental de forma tão sem motivo.

Como estávamos com o cronograma meio fechado pra começar a viagem no dia seguinte cedo, começamos a pensar em alternativas para a encrenca. Saímos à cata de lojas de bicicleta pela cidade, contando que, sendo uma cidade pequena, talvez não fosse difícil achar o dono ou responsável morando por perto. Batemos em duas ou três lojas, mas não conseguimos nada. Concluímos que teríamos que deixar pra retomar as buscas na manhã seguinte, atrasando um pouco a partida.

No comecinho da noite ainda demos uma saída pra uma corridinha, pra relaxar um pouco da pressão do problema.

Na segunda feira cedo fomos à loja que descobrimos ser a melhor da cidade, e onde já havíamos visto, no dia anterior, que havia duas bicicletas que usavam o mesmo eixo que precisava para a minha bike, que, explique-se, não era um eixo comum. A minha bicicleta usa um eixo reforçado, mais moderno, de concepção diferente dos eixos tradicionais, o que, nesses casos, só complica o problema de achar um similar. A conversa na tal loja não evoluiu bem. Os caras não tinham um eixo daqueles disponível pra venda, e não quiseram, mesmo sob todos os argumentos que enfileiramos, negociar a peça da bicicleta que estava para venda.

Partimos então para uma opção que surgiu no meio da conversa e telefonemas com os caras da bicicletaria. Talvez um tal de Alexandre, que trabalhava num escritório no centro, pudesse nos emprestar a peça da bicicleta dele... Achamos o cara no meio do expediente de trabalho de um escritório de advocacia. Explicamos a situação e ele se prontificou em nos ajudar. Ligou pra casa e pediu pra alguém tirar a peça da bicicleta dele e levar até o escritório onde estávamos. Uns 30 minutos depois lá estava o eixo que precisávamos. Sem saber como agradecer, propomos deixar uma caução ou um documento como garantia de que devolveríamos a preciosa peça até o próximo sábado. Gentilmente ele disse que não precisava, que tinha que ser na confiança. É assim que gostaríamos que o mundo todo fosse, não é?

Resolvido o desagradável problema, juntamos nosso equipamento, fizemos um último check-list, e já quase ao meio dia demos as primeiras pedaladas pelas tortuosas e íngremes ruelas de Diamantina, dando início à nossa “volta a capa e espada”.




A concepção da viagem planejada pelo Manzan era seguir a rota traçada por ele no Google Earth e passada para o GPS, buscando o máximo possível caminhos fora de estrada (single tracks). Havia, entretanto, “trechos incógnitos”, que não se sabia se havia trilha ou se era possível pedalar. Levávamos apenas uma pequena mochila com os itens essenciais de “vivência” durante o pedal e nos pontos de pernoite, previstos para pequenos vilarejos onde contávamos em achar algum tipo de hospedagem.

Nos primeiros quilômetros já sentimos o forte calor, amplificado por um céu totalmente azul e o terreno predominantemente de pedra em que nos encontrávamos. Assim que entramos na primeira trilha, saindo dos domínios urbanos, com 5 km rodados, o pneu traseiro da minha bicicleta fura. Examinando o ocorrido, vejo que não foi apenas um furo, mas um pequeno rasgo na lateral do pneu, causado certamente por uma das inúmeras pedras do caminho. “Shit, man!!”. Fazendo o trabalho de troca, suando feito uma bica d’água, me perguntava se meus anjos da guarda estariam atentos aos fatos... “Acordem aí, gente!!”.





O trecho que se seguiu rendeu bem, com boas descidas, ambiente bucólico e paisagem auspiciosa ao redor. Passamos pelo vilarejo de Biribiri, que outrora fora uma fábrica de confecção de tecidos, e prosseguimos na rota prevista, o Manzan de olho no GPS, e eu de olho nele.















Logo chegamos a uma trilha identificada por algumas placas como “Caminho dos Escravos”, seguindo um enorme vale no meio do nada. O caminho era impedalável, com enormes pedras, grandes erosões e passagens muito estreitas. O jeito era ora empurrar, ora carregar a bike. Assim fomos indo, curtindo a paisagem, o momento, a sensação de estar em outro mundo, mas progredindo bem mais lentamente do que gostaríamos.



































Chegamos ao vilarejo de Mendanha por volta das quatro e meia da tarde, um tanto cansados, com muito calor, mas com tudo em ordem. A ideia inicial era tocar até uma vila chamada São Gonçalo do Rio das Pedras nesse dia, perfazendo um total de 85 km (o que seria, pelas nossas contas, o dia mais longo da viagem). Mas como perdemos a manhã por conta de achar o tal eixo da bicicleta, nosso cronograma começou a ficar comprometido. Tínhamos andado apenas cerca de 40 km, e era inviável pensar em fazer mais 45 naquelas condições, de modos que concordamos que seria melhor encerrar o dia por ali mesmo, já que no próximo trecho não havia previsão de ter opção de hospedagem até a vila de destino.























Mendanha é uma dessas pequenas vilas que parecem paradas no tempo. Cortada pelo manso Rio Jequitinhonha, não resistimos ao apelo, e antes de qualquer outra coisa, demos um belo mergulho em suas águas aparentemente limpas e de temperatura incrivelmente agradável. Depois saímos a perguntar por casas de moradores que pudessem nos receber para o pernoite, já que não havia pousadas. Pergunta dali, pergunta daqui, recebemos a dica de uma fazenda um pouco distante do centrinho da vila que provavelmente poderia nos abrigar. Fomos pra lá e fomos muito bem recebidos pelo Ito, o cara responsável pelo local. Muito entusiasmado, nos mostrou seus projetos, puxou conversa, e nos ofereceu um quarto de uma casa muito bem ajeitada que funcionava como uma espécie de pousada rural. Em volta, silêncio absoluto. Ao longe, as montanhas contra o horizonte. Para o dia estava de bom tamanho. 













Mais tarde tivemos que dar um pulo no posto de combustível do vilarejo, junto à estrada principal, único local em que havia algo que se pudesse comer a título de jantar. Não foi o melhor dos mundos, mas quebrou nosso galho.

Começamos o segundo dia com um desjejum à base de pão de queijo e suco no mesmo posto do dia anterior, e em seguida nos lançamos na rota. Os primeiros km foram de uma íngreme subida na estrada de asfalto. Em seguida uma descida vertiginosa por uma estradinha de terra muito acidentada e visivelmente pouco utilizada. 














O resto da manhã se desenvolveu lentamente ora através de trilhas apertadas, íngremes e pedregosas, ora através de pastos e morros sem trilha alguma. Não encontramos absolutamente nada nem ninguém. Passamos por lugares muito bonitos e incríveis. Em uma ponte havia uma placa indicando: “Ponte do Acaba Mundo”! Sugestivo nome para um lugar no meio do nada. Felizmente o mundo não estava acabando, já minhas energias...



































        

Por volta das duas da tarde chegamos a um local que no mapa estava indicado como “Itapeva”, e sobre o qual imaginávamos que bem poderia ser uma pequena vila, mas havia apenas uma casa de um sítio. Atravessamos um pequeno morro e um pasto até a pequena casa pra pedir um pouco de água, e fomos gentilmente recebidos pela Dona Tereza, uma senhora de idade aparentemente sozinha, que nos ofereceu água fresca e ainda umas bolachinhas feitas por ela mesma. Quando perguntamos se havia uma subida no caminho à frente, ela deu uma risadinha meio macabra e devolveu: “uma subida?!... não... tem é muita subida, moço”. Senti que estávamos mesmo no meio do nada, quando nem nós conseguimos explicar, nem ela entender de onde estávamos vindo e pra onde estávamos indo. Parecia que pra qualquer lado não havia era nada...





Seguimos nossa marcha, um pouco confortados pela indicação do GPS, que acusava 20 km para o vilarejo de São Gonçalo, que era nossa primeira opção de pernoite no dia. “20 km não podem ser tão duros assim...” – pensei (erroneamente).





Subida, subida, subida! Dez metros pedalando, outros dez empurrando, passa cerca, abre colchete, fecha colchete, levanta, abaixa, desvia, vira, desvira, passa rio, pula pedra, desvia do galho, arranha no galho e fomos indo, mais lenta e arduamente do que poderíamos supor.

Por volta das cinco horas da tarde finalmente emergimos numa estrada de terra, junto a uma bela ponte de concreto, a apenas 3 km do vilarejo de São Gonçalo. Eu estava literalmente exausto, naquele estado em que as coisas já estão meio sem graça. Tomei um gel de carboidrato, o último gole de água (quente) da garrafa e uma cápsula de cafeína, que estava perdida nos meus bolsos secretos à espera de um momento como aquele. E ainda me joguei na beira da estrada, a contemplar, absorto, o belo céu que tínhamos sobre nós, com uma longa nuvem de “carneirinhos” geometricamente enfileirados e aquela placidez típica dos fins de tarde num lugar ermo.








O trecho final foi de uma longa e infinita subida, em que já não entendia se estava empurrando a bike porque estava muito íngreme ou porque eu estava muito fraco. Talvez pelas duas razões.






Cheguei ao vilarejo alguns (muitos) minutos depois do Manzan, que me esperava à porta de um mercadinho com uma coca gelada e a “indecente proposta” de seguir mais 7 km até a vila seguinte. Pra mim não dava... Achamos uma pousadinha e tiramos nosso time de campo.

Descobrimos, por uma dessas sortes típicas desses caminhos imprevisíveis, uma senhora que nos preparou o melhor jantar de todos os tempos de nossas vidas. Uma deliciosa comida caseira, com gosto, cheiro e aspecto de comida bem feita, fartamente servida numa salinha absolutamente modesta em que só havia nós dois como “clientes”. Um verdadeiro banquete!

Repostas as energias e restabelecida a normalidade das funções, comuniquei ao Manzan que não prosseguiria com ele na viagem. Decisão difícil que vinha amadurecendo ao longo do dia e que ficou clara ao final daquela etapa. O nível de exigência física e técnica estava acima do meu preparo e, por que não dizer, disposição. O ritmo da tocada estava fora do meu ritmo interno... É lógico que é lamentável abortar uma viagem assim, em plena execução, mas penso que precisamos ser honestos com a gente mesmo, e ter coragem de mudar o rumo quando as coisas perdem aquele necessário encanto que devem ter. Encarei como mais um exercício de desapego.

No dia seguinte acordamos cedo, reorganizamos algumas poucas coisas que estávamos levando em conjunto, e cada um seguiu numa direção. O Manzan prosseguiu com o que havia planejado. Eu retornei a Diamantina pela estrada de terra – 35 km de muitas subidas e a velha sensação de pedalar sozinho por esse mundo grande que tem aí.


















Subindo a serra que havia no caminho da cidade, sob um sol escaldante e nenhum movimento ao redor, me vi de volta ao meu centro – respiração ritmada, o corpo trabalhando bem, a cabeça em paz com o caminho, o barulhinho das rodas na estradinha de terra, paisagens bonitas a perder de vista...

Ainda que não tenha feito o que fora previsto, creio ter cumprido a finalidade principal dessas empreitadas – dar uma saída, percorrer caminhos novos, enfrentar as dificuldades naturais do caminho com dignidade, admirar o mundo em que vivemos, conversar com gente simples, contemplar o céu num final de tarde especialmente bonito, partilhar as expectativas, perrengues e frustrações da vivência com um amigo, e muito mais.


*** *** ***


Meu muito obrigado ao Manzan pelo convite, pela acolhida e pela paciência.

Meu muito obrigado também ao Alexandre Magno, que, ao me emprestar o eixo da bicicleta sem me conhecer e sem pedir nada em troca, expressou a pura e salutar satisfação de simplesmente ajudar.

E minha gratidão à Vida, por ter me permitido percorrer mais esses caminhos nesse tempo em que estou por aqui.



                    Igreja em Diamantina


Uma das ruas de Diamantina














                                   

P.S.

1) O Manzan seguiu com o roteiro que planejou e finalizou a viagem na sexta-feira daquela semana.



2) De volta a Diamantina, devolvi o eixo que pegara emprestado com o Alexandre Magno e deixei, junto, uma garrafa de vinho e um cartão de agradecimento. Alguns dias depois ele me mandou um e-mail agradecendo a atenção. Como diz aquele ditado: "gentileza gera gentileza".



3) Aproveitei essa viagem pra fazer um teste de estrada com o Troller. "Já que" estava nas terras das Minas Gerais e que encurtei a viagem de bicicleta, resolvi dar uma esticada até Brasília, para uma visita surpresa aos meus pais, e de lá retornei a Curitiba. 

   No total, fiz cinco pernadas entre 500 e 850 km nessa pequena volta - totalizando expressivos 3.493 km rodados, e pude constatar, com satisfação, que o carro com fama de bruto também vai bastante bem no asfalto liso. É lógico que não anda como um esportivo, mas estive pensando que é mais ou menos como andar com uma Mountain Bike no asfalto: não foi feito pra isso, não é o seu habitat, mas cumpre bem a missão ainda assim.

     Há algo nessas máquinas que transcende puros arranjos mecânicos. Sentir o ronronar suave e grave do 3.0 turbodiesel ali na frente, empurrando com facilidade o carrinho por essas estradas sem fim, traz uma segurança e uma satisfação que vão muito além de meros resultados numéricos de desempenho ou impressões externas. O bicho realmente é bruto, mas também sabe ser multifuncional.




























"Life is what happens to you while you are busy making other plans."


(Beautiful Boy, John Lennon)