Tiger 900 Rally Pro

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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Remada em caiaque oceânico no rio Palmital, Garuva-SC, 11 de Novembro de 2023

 





Remada no Rio Palmital
de Garuva-SC a Vila da Glória-SC

29 km

em parceria com os amigos:
Marco Antonio Bednarczuk (Marcão) e
Aguinaldo Manholer





Meus agradecimentos aos amigos Marcão e Manholer, pela parceria, amizade e boa vontade na atividade. Valeu!

Obrigado também ao amigo Getúlio Miura, que nos deu um importante apoio para a realização da atividade, além da amistosa companhia. 











Marcão, Manholer e Getúlio



































































































































































































A certa altura do percurso encontramos esse pessoal
numa manobra pra tirar esse barco da água pra manutenção












































































Fim de tarde na Vila da Glória:



















































Assista, no link abaixo, a um pequeno vídeo da remada


Clique aqui





29,05 km/ 6h 30min




No link abaixo os dados de GPS da remada:

Polar GPS






"Segue o rio e chegarás ao mar." 

(provérbio árabe)





Gratidão




Força Sempre












domingo, 26 de novembro de 2023

Viagem motocamping Serra Catarinense, 5 a 8 de Novembro de 2023

 




Viagenzinha de moto pela Serra Catarinense
Triumph Tiger 900 Rally Pro
4 dias, 1.358 km, solo



Planejei essa viagem de moto à Serra Catarinense com a intenção de dar uma "voada", curtir umas paisagens e exercitar um pouco a velha e boa solitude. Acrescentei ao projeto a ideia de fazer os pernoites em campings na região, pra viver um pouco também o desapego e o estilo que o campismo proporciona.

Tivemos um mês de outubro extremamente chuvoso em toda a região sul, de tal forma que estava naquele estado de achar que não ia parar de chover nunca mais. No entanto, acompanhando a previsão do tempo, incrivelmente parecia que haveria uma janela de tempo bom nos dias à frente. Ainda meio desconfiado da previsão, resolvi arriscar e colocar o pé na estrada.  

O primeiro dia foi basicamente de deslocamento entre Curitiba e Urubici, o local definido para o primeiro pernoite. Lá chegando, no meio da tarde, dirigi-me ao local do acampamento em que pretendia passar a noite, Camping do Motochileiro. Lugar lindo, no alto de uma colina, com vista para os vales dos dois lados adjacentes. 

De fato estava uma tarde especialmente iluminada, com um céu completamente azul e aquela sensação de claridade e de paz no ar. Esse camping é um projeto de um rapaz que já fez (e ainda faz) altas viagens de motos pequenas por todo o continente americano, Alfredo Souza, do canal "Diário de Motochileiro" no Youtube. Não o encontrei por lá, pois parece que está em mais uma de suas peripécias, mas o local é impregnado pelo espírito do viajante, quase como um museu de suas histórias, tendo inclusive exposta a motinha Honda Biz com a qual ele fez a sua maior viagem, até o Alaska. 

Além disso, as construções seguem o estilo rústico, com várias soluções simples e altamente adequadas ao espaço. Há uma cozinha e refeitório como área de apoio (além dos banheiros), bem como quartos para alojamento, pra quem não quiser acampar. 

Montei minha barraquinha, com uma linda vista do enorme vale que se estendia ao longe, e curti o finalzinho da tarde apenas apreciando a paisagem e o momento de relaxamento. 

À noite fiz um lanche com minha própria logística e me recolhi cedo ao descanso, embalado por um silêncio envolvente e sob um céu lindamente estrelado, como pano de fundo daquele lugar surreal. 

Na manhã seguinte acordei com o sol despontando no horizonte de montanhas à frente. Um amanhecer simplesmente espetacular, com um manto de nuvens cobrindo o vale, o céu absolutamente azul e aquele friozinho típico da serra.

Com bastante tranquilidade e sem nenhuma pressa, preparei meu desjejum, andei um pouco em volta, apreciei um pouco mais a paisagem e aos poucos fui desmontando o acampamento e me preparando para a jornada do dia. 

Saí às dez horas da manhã com a ideia de conhecer um local que ainda não havia ido nos arredores de Urubici, o Morro do Campestre. Cerca de 40 minutos de deslocamento (sendo parte por estrada de terra) me levaram ao lugar. Lá chegando, após pagar uma taxa de visitação, subi por uma estradinha pavimentada até próximo ao topo do morro, e a partir de lá mais um pequeno trecho caminhando. Visual realmente recompensador, sobretudo devido ao dia claro e ensolarado. Horizonte distante, com campos verdes e ondulações do terreno a perder de vista. Sentei no alto do morro e fiquei quase uma hora só contemplando aquele magnífico visual. 

Retornei então à cidade, almocei num restaurante local e no começo da tarde peguei a estrada com destino à cidade de Bom Jardim da Serra, distante cerca de 120 km, por um lindo trecho de estrada (asfaltada) que já percorri em outras oportunidades, e que sempre me encanta. Lá chegando, fiz uma parada no mirante da emblemática Serra do Rio do Rastro, para mais uma apreciação da magnifica paisagem e seus cânions anexos. 

Dirigi-me então ao local previsto para o pernoite, Camping da Ronda, localizado bem próximo do alto da Serra (cerca de 8 km de distância). Lugar especial, diferente, situado dentro de uma fazenda, junto ao Parque Eólico de Bom Jardim. O camarada que me recebeu disse que eu poderia montar a barraca dentro do galpão ali do lado ou no gramado próximo. Estava uma tarde tão linda e ensolarada que optei pelo gramado, mesmo com a possibilidade de ter que enfrentar um frio um pouco mais rigoroso na madrugada. 

Acampamento montado, aproveitei o tempo de luz restante pra dar uma caminhada em volta. Subitamente entrou uma viração, aquela neblina densa, que deixou o ambiente em volta com um aspecto introspectivo e um tanto misterioso. Caminhando pela estradinha, envolto em silêncio e neblina, a sensação era de estar em outro planeta. A certa altura cheguei ao lado de uma das torres eólicas, com aquelas enormes pás girando lá no alto, ora invisíveis pelo nevoeiro, ora aparecendo em meio a raios de sol. Cena encantadora, pelo inusitado e beleza. 

A noite transcorreu super bem, com muito frio, mas dentro da normalidade para o contexto. No meio da madrugada, dei uma saída da barraca pra dar uma olhada no cenário. Um céu completamente estrelado e a escuridão em volta (pontuada por duas ou três luzes de casas isoladas) compunham, junto com o frio, o silêncio e o mugido das vacas, uma cena verdadeiramente envolvente e aconchegante.

O dia amanheceu cedo. Pouco depois das cinco horas da manhã o sol despontou no horizonte, trazendo uma luz dourada e revigorante aos campos verdes em volta. Sentir o frio lentamente se dissipando sob o calor do sol foi uma sensação única e deliciosa. 

Às vezes vejo uma ou outra pessoa questionando: "por que acampar, quando se pode ficar confortavelmente numa pousada ou alojamento?". A questão é que são coisas diferentes, cada uma com seus prós e contras. É lógico que acampar dá um certo trabalho, e inevitavelmente acarreta algum desconforto, no entanto somente esse estilo de pernoite proporciona certas sensações, como o sentimento de simplicidade, de estar efetivamente próximo dos elementos naturais e mesmo a sensação de aconchego que uma barraca proporciona. E, no final das contas, esse negócio de desconforto é muito relativo (já fiquei em quartos de hotel ou pousada muito menos agradáveis do que a minha barraquinha). 

Na sequência das ações, desmontei meu acampamento e me preparei pra pegar a estrada. O destino do dia seria a cidade gaúcha de Cambará do Sul. Pouco depois de deixar o camping parei no mirante do Cânion da Ronda, pra curtir o visual e fazer algumas fotos. Vizinho à Serra do Rio do Rastro, esse cânion também é de rara e hipnotizante beleza

O trecho que pretendia fazer nesse dia envolvia um percurso mais ou menos longo de estrada de terra, seguindo a parte de cima da serra, no sentido sul. É uma estrada que atravessa uma região lindíssima, que já tive a grata oportunidade de percorrer em outras ocasiões. No entanto, é bastante inóspita e com os riscos inerentes. Ou seja, o dia prometia boas doses de emoções (agradáveis e tensas). 

A primeira parte da vagem, até a cidade de São José dos Ausentes até que rendeu bem e sem grandes turbulências. Agraciado com mais uma linda manhã de sol, céu azul e muita claridade, percorrer aquelas estradinhas rodeadas de campos e paisagens bucólicas foi como estar num cenário de filme, com a Tiger se comportando com a desenvoltura já conhecida e esperada, apesar de estar carregada com as duas malas rígidas laterais (que sempre roubam um pouco da agilidade e leveza do conjunto). Pura diversão.

Já na segunda parte, entre São José dos Ausentes e Cambará do Sul, a situação se deteriorou um pouco, com vários trechos da estrada em obras, outros com grandes pedras soltas, muitos buracos e "armadilhas". A brincadeira atingiu aqueles níveis de quase perder a graça, com momentos realmente bem difíceis e alguns até perigosos. Mas no final deu tudo certo. Chegamos (eu e a moto) sãos e salvos ao nosso destino. 

Ainda um pouco antes de efetivamente chegar na cidade, acessei o local do acampamento previsto para esse dia, na Pousada e Camping Corucacas. Mais um lugar super tranquilo e bonito, em meio a um fazenda, com ovelhinhas pastando, patos passeando, passarinhos cantando e tal. Um verdadeiro paraíso de tranquilidade. 

Aproveitei o final da tarde pra relaxar e aliviar um pouco o stress da pilotagem do dia. Afortunadamente fez um fantástico pôr do sol, com uma luz dourada banhando tudo em volta, inspirando bons sentimentos e sensações. 

À noite dei uma saída pra jantar na cidade e logo retornei para o meu cantinho de paz e sossego, para o merecido descanso. 

O quarto e último dia da viagem amanheceu com uma luminosidade diferente dos dias anteriores, sem aquela claridade cinematográfica e tão rara de se ver, mas ainda assim com tempo bom, sem sinal de chuva.

Pra acessar a BR 101 e de lá voltar pra Curitiba tinha duas opções: dar uma volta um pouco maior, por estrada totalmente asfaltada, ou encarar um trecho de uns 40 km de estrada de terra até a cidade de Praia Grande, passando pela Serra do Malacara. Avaliadas as condições, resolvi seguir pelo caminho mais curto e não pavimentado... "40 km é logo ali", pensei... Mas não foi bem assim. O atalho custou mais um bom esforço de pilotagem e exposição a mais situações de risco um pouco além do que gostaria, como rampas em lajes de pedra (com pedras soltas e buracos), curvas 180 graus totalmente sobre pedras soltas e traiçoeiras, trechos em obras, etc e tal. Mas mais uma vez, graças às boas energias que por nós velam, deu tudo certo

A partir do ponto em que alcancei a BR 101, na altura da cidade de Torres, o retorno foi pela conhecida e movimentada rodovia, enfrentando um tráfego pesado, momentos de muito calor e um certo "jet lag" da mudança brusca de ambiente. 

Cheguei em casa no final da tarde, tão cansado quanto satisfeito pelo bonito passeio. 

Este é um breve relato de viagem. Como sabemos, a vida é sempre muito mais complexa e multifacetada do que conseguimos expressar em palavras ou em fotografias. Todo palco tem seus bastidores. Toda performance tem seus custos. Toda alegria tem suas dores. Assim é a vida. Mas deixemos aqui as boas lembranças, os bons sentimentos, o que possa ser de alguma forma inspirador. 

Foi uma viagenzinha bacana demais, tanto pelas belas paisagens, quanto pela janela de excepcional tempo bom, quanto pelo prazer de pilotar a Tiger sem qualquer alteração ou ocorrência. Melhor do que isso, só se estivesse entre amigos. Fica então aqui o convite para uma próxima vez. Vamos juntos?


Veja a seguir algumas imagens da viagem:





1º dia
Curitiba a Urubici
464 km





















Posto Serra Azul, em Urubici.
Tradicional ponto de encontro de motociclistas na cidade




























O camping do motochileiro, nos arredores de Urubici






























































Cozinha e área de apoio do camping










































































2º dia
Urubici a Bom Jardim da Serra
128 km











































O camping do motochileiro (by drone)








Morro do Campestre




















































































Kombizinha customizada, no Rancho Urubici, restaurante local.



















































































































































































































Cozinha de apoio do camping













3º dia
Bom Jardim da Serra-SC a Cambará do Sul-RS
156 km









































Cânion da Ronda, próximo ao topo da Serra do Rio do Rastro, 
em Bom Jardim da Serra-SC





























Cânions vizinhos da Serra do Rio do Rastro



















Serra do Rio do Rastro (by drone)












































































































































































































































































Camping e pousada Corucacas, em Cambará do Sul


























































































































4º dia
Cambará do Sul-RS a Curitiba
610 km





































































Km total da viagem: 1.358 km












"Vai, vai pescar e caçar todos os dias ao derredor - 
e ao redor do derredor - 
e descansa sem receio junto aos riachos e às lareiras.
Lembra teu Criador enquanto és jovem. 
Levanta-te despreocupado antes do alvorecer,
e vai em busca de aventuras.
Que o meio dia te encontre em outros lagos,
e que seja lar onde quer que a noite te surpreenda.
Não existem campos mais vastos a percorrer
nem jogos mais importantes a jogar."

(Henry David Thoreau) 








Gratidão




Força Sempre