212 km pedalados no total
(156 km de estrada de terra)
Não é à toa que essa estradinha pra Guaraqueçaba (PR 405, 78 km de terra, pedras e buracos) tem a fama que tem, de ser difícil, cansativa, desolada, mesmo para veículos motorizados. De bicicleta então... É uma bela empreitada!
O convite para esse passeio veio dos amigos Cláudio, Nilson e Samuel, especialistas em planejar percursos duros pra fazer de bike, e que, não sei por que, sempre lembram de mim nessas horas.
Saímos de Morretes no sábado cedo e tivemos muita sorte com o clima nesse primeiro dia, pois ficou nublado a maior parte do dia, aliviando um pouco o forte calor que vem fazendo por essas bandas ultimamente. No começo da tarde caiu uma chuvinha gostosa, que refrescou ainda mais a temperatura, mas logo em seguida abriu um sol forte e tivemos uma pequena amostra do potencial de calor daquelas condições.
Chegamos em Guaraqueçaba no meio da tarde, extremamente cansados, mas também extremamente satisfeitos com o rendimento das coisas. Encontramos lá o nosso amigo Newton "Caratuva", o homem dos caiaques na região, que mora lá, e tivemos a oportunidade de bater um bom papo sobre variados assuntos.
Pernoitamos numa pousadinha local.
No dia seguinte cedo iniciamos nosso caminho de volta (o mesmo da ida). Diferentemente do dia anterior, porém, dessa vez o sol e o céu azul estavam fortes e decididos desde o amanhecer. Bom para o visual, mas dramático para a sensação térmica.
Por volta do meio dia parecia que estávamos metido num forno ligado na temperatura máxima. Por sorte, nessa hora achamos um barzinho e fizemos uma parada maior, de cerca de duas horas, pra esperar o calor diminuir um pouco, o que, diga-se, salvou a pátria.
Chegamos de volta a Morretes por volta das 16:30h. "Missão cumprida".
Esse é o tipo de pedalada que consegue acender na nossa mente, em algum momento, aquele questionamento de "o que é que eu tô fazendo aqui?"... Rsrs... Mas no final só restam alegrias e boas lembranças, confirmando esse nosso processo tortuoso de assimilação de experiências, envolto em altos e baixos e avaliações por vezes contraditórias (é ruim, mas é bom... Rsrs).
O negócio é não pensar demais, e seguir pedalando. Assim como, afinal de contas, devemos fazer com a própria vida como um todo.
Vamos juntos?
Meu muito obrigado aos amigos e companheiros de jornada, Claúdio, Nilson e Samuel. Vocês são inspiração e exemplos de persistência e espírito guerreiro! (Mas temos que pensar em parar de "arrumar esse tipo de confusão", hein!... Rsrs). Bom demais, piazada! Vamos pensar nas próximas!
Obrigado também ao Ari, irmão do Nilson, que nos recebeu gentilmente em sua casa em Morretes e nos proporcionou todo o apoio necessário na nossa partida e no retorno.
1º dia: Morretes a Guaraqueçaba